“As pessoas que correm o risco de se afogar quando abandonadas nas ondas devem ser resgatadas”, disse o Papa Francisco na sexta-feira, 22, em Marselha, França, num memorial dedicado aos marinheiros e migrantes.
Francisco descreveu os esforços para impedir o resgate de migrantes como “gestos de ódio”.
Os migrantes de África e do Médio Oriente embarcam frequentemente em embarcações frágeis para a Europa na esperança de uma vida melhor lá e noutros lugares.
A primeira paragem para muitos deles costuma ser a ilha italiana de Lampedusa, que, recentemente, ficou sobrecarregada com milhares de migrantes.
Muitas vezes os barcos de migrantes são abandonados no mar pelos seus contrabandistas.
Os grupos de resgate são por vezes proibidos por alguns países europeus de socorrer os migrantes ou atrasam as suas missões.
“E assim este belo mar tornou-se um enorme cemitério, onde muitos irmãos e irmãs são privados até do direito a uma sepultura”, disse Francisco, na sexta-feira sobre o Mar Mediterrâneo, onde dezenas de milhares de migrantes morreram.
O líder da Igreja Católica Romana agradeceu aos grupos humanitários que resgatam migrantes.
Neste sábado, 23, Francisco presidirá a sessão de encerramento, em Marselha, de um encontro de bispos e jovens de toda a região do Mediterrâneo
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