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PAIGC prepara batalha pela "vida" em Janeiro


Primeiro-ministro Carlos Correia promete novo Programa de Governo, cuja proposta foi chumbada hoje.

O Governo da Guiné-Bissau tem 15 dias, de acordo com a Constituição, para voltar ao Parlamento e tentar convencer os deputados a aceitarem o seu Programa de Governo, hoje chumbado pela Assembleia Nacional Popular.

O quadro político apresenta agora uma incerteza que obriga a novas alianças de circunstância e concessões entre os principais protagonistas da actual crise que se vive no país.

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Do Presidente da República, José Mario Vaz, ao PAIGC, que expressa divergências internas, sem precedentes, passando pelo PRS, que volta a assumir o papel de fiel de balança em todas as jogadas político-parlamentares, o panorama sugere uma nova avaliação dos actores envolvidos directamente nesta nova etapa da política guineense.

Depois da votação, num ambiente de grande agitação, o primeiro-ministro Carlos Correia, falou à imprensa e promete voltar, ao Parlamento, para apresentar um novo programa do Governo:

“Aceito, mas ainda continuo. Aliás, estou à disposição do provo da Guiné-Bissau”, disse Correia.

Para Rui Jorge Semedo, investigador associado ao Instituto Nacional de Estudos e Pesquisa (INEP), o chumbo do Programa do Governo representa uma derrota ao PAIGC:

“O facto de o partido com maioria parlamentar não conseguir passar o seu programa é uma derrota, mas não me estranha muito porque é o resultado da própria contradição interna e da incapacidade da direcção em controlar os seus deputados”, explicou Semedo, que ainda duas vias possíveis para salvar a situação: “Que o PAIGC promova mais negociações internamente e, se persistir a crise, então deve avançar negociações com o PRS, enquanto segunda força política no parlamento”.

A Assembleia Nacional Popular volta a reunir-se a partir de 5 de Janeiro para discutir e votar um novo Programa do Governo.

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