Organizações não-governamentais angolanas dizem não notar quaisquer sinais de mudança por parte do novo Governo na aproximação e no diálogo com a sociedade civil, para além dos discursos políticos.
O Presidente da República, João Lourenço, tem dito que o seu Governo vai promover o diálogo com as organizações da sociedade civil visando obter apoios na sua cruzada contra a corrupção e na democratização de Angola.
Para o responsável da SOS-Habitat, André Augusto, as mudanças esperadas ainda não se fazem sentir, a começar pelo não reconhecimento, por parte do Executivo, da actividade que algumas organizações realizam no país.
Por seu turno, o director executivo do Instituto Angolano de Sistemas Eleitorais e Democracia, Luís Jimbo, considera que o diálogo entre as organizações da sociedade civil e o Governo ainda é “bastante subjectivo”.
Aquele responsável associativo adianta que a razão reside no facto de se assistir a um conflito entre uma geração conservadora defensora dos princípios de luta pela independência e a jovem geração com desejo de mudanças de mentalidades.