O paradeiro de um ex-professor chinês crítico do Governo de Pequim permanece desconhecido, dois dias depois de a polícia chinesa ter interrompido uma entrevista ao serviço chinês da VOA.
Sun Wenguang, de 84 anos e professor de física e um dos mais antigos militantes dos direitos civis na China, estava a falar com a VOA quando polícias entraram no seu apartamento na cidade de Jinan e o levaram.
"A polícia voltou para me obrigar ao silêncio!", gritou Sun, informando que oito membros das Forças Armadas encontravam-se na sua casa, de acordo com parte dagravação.
"A VOA acompanha atentamente a situação, e transmitirá notícias ao público quando for possível", indicou a porta-voz, Bridget Serchak.
Este incidente é considerada por observadores e activistas uma demonstração do endurecimento, nos últimos cinco anos da chegada ao poder do presidente Xi Jinping, da repressão contra os militantes dos direitos civis e as vozes dissidentes do poder central.
No mês passado, Sun Wenguang redigiu no mês passado uma carta aberta a Xi Jinping na qual criticava a "diplomacia do cartão e do cheque" de Pequim na África.
"Ouçam o que eu digo. É algo errado?", questionou Sun aos policiais que o retiravam de casa.
"Somos pobres (na China). Não lancemos o nosso dinheiro em África porque não ajuda a nossa sociedade", sublinhou.
Ex-professor de física, Sun Wenguang, de 84 anos, foi detido várias vezes pelas suas críticas à liderança comunista chinesa.