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Oposição ugandesa pede a correcção do resultado das eleições presidenciais


 Amama Mbabazi
Amama Mbabazi

Entre as 28 alegadas irregularidades consta o suborno e chegada tardia de materiais de votação.

O candidato presidencial ugandês Amama Mbabazi, um dos derrotados por Yoweri Museveni, pediu ao Tribunal Supremo a correcção do resultado das eleições de 18 de Fevereiro.

A contestação foi submetida ontem pelos seus advogados, minutos antes do prazo legal.

A petição apresenta 28 irregularidades, incluindo suborno, chegada tardia de materiais de votação, inconsistências nos cartões e fichas de votação.

Mbabazi, antigo primeiro-ministro, ficou num distante terceiro lugar nas eleições de 18 de Fevereiro, atrás de Kizza Besigye e Yoweri Museveni, que conquistou o quinto mandato com 60 por cento dos votos.

Kizza Besigye cercado pela polícia
Kizza Besigye cercado pela polícia

Kizza Besigye, que foi várias vezes detido antes e depois das eleições, não foi a tempo de submeter a sua contestação. A sua justificação é exactamente a perturbação causada pelas sucessivas detenções.


Besigye é o principal rival de Museveni, nos últimos 15 anos. Concorreu também nas eleições de 2001 e 2006.

O seu partido considera a possibilidade de se juntar à petição de Mbabazi.

Mas Robert Kirunda, especialista em direito baseado em Kampala, acha que isso poderá não ser real, devido ao facto de depois de 2006 Besigye ter dito que jamais voltaria “àquele tribunal”, e por temer algemas.

Se o Tribunal Supremo considerar que qualquer dos pontos da petição de Mbabazi é justo, as eleições poderão ser anuladas e serem realizadas outras num espaço de trinta dias. O Tribunal Supremo poderá também indicar outro vencedor.

A decisão do Supremo será conhecida em trinta dias.

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