O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, visita Cuba em Março, possivelmente antes de 21 do próximo mês, quando estará a caminho Argentina e de outros países da região.
Apesar de a data não ter sido revelada oficialmente, o que deve acontecer nesta quinta-feira, uma fonte bem colocada da Administração Obama revelou ontem, 17, que a viagem que acontecerá no último ano da sua Presidência e que marcará uma viragem nas relações dos Estados Unidos e Cuba.
A visita de Obama a Havana será um dos pontos mais altos da sua Presidência, ao colocar fim a mais de 50 anos de relações cortadas entre os dois países, fruto da guerra fria.
Com este acto, Obama praticamente sela a normalização do relacionamento com Cuba, dias depois de um acordo que adoptou medidas para expandir as relações comerciais após um congelamento de 54 anos.
Obama e o presidente cubano, Raúl Castro, surpreenderam o mundo em Dezembro de 2014 ao anunciarem que os ex-adversários iriam começar a normalizar as relações.
A maioria republicana do Congresso norte-americano desafiou o pedido de Obama para anular o embargo de cinco décadas, tendo o Presidente recorrido a decretos executivos para aliviar as restrições de comércio e viagem.
Os pré-candidatos presidenciais republicanos Marco Rubio e Ted Cruz, ambos filhos de imigrantes cubanos, criticam duramente a política de Obama em relação a Cuba, sem exigir como contrapartida uma mudança política na ilha comunista.