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"O professor era mais respeitado no colonialismo", diz dirigente sindical no Namibe


 Secretario do SINPROF, Martinho Nganga Jamba
Secretario do SINPROF, Martinho Nganga Jamba

Sindicalista diz que Governo "paga melhor aos polícias do que aos professores, revelando que aposta mais na repressão do que na Educação"

O secretário do Sindicato Nacional dos Professores (Sinprof) no Namibe, Martinho Nganga Gunga, teceu duras críticas à política governamental na Educação e afirmou que os professores eram mais valorizados no tempo do colonialismo.

Professores no Namibe aderem a greve - 2:44
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Gunga falava após os professores terem decidido em assembleia apoiar uma greve programada em diversas províncias a partir de segunda-feira, 26.

“O colono sabia valorizar o professor, muito embora se olharmos para a própria história quem era professor, quem era enfermeiro significa que era assimilado, mas o professor era bem tratado, era bem valorizado (e para provar isso)é só perguntar aqueles que foram professores e enfermeiros no tempo colonial”, disse o sindicalista, lembrando que "tinham um salário digno porque compraram carros", mas “hoje há professores que até à morte não conseguem comprar uma moto”.

Mais de 180 mil professores reclamam pela actualização do salário pelo tempo de serviço prestado, mas o Ministério da Educação apenas está disponível para actualizar o salário de 43 mil docentes.

“Onde ficam os outros professores, quer dizer que carreira faz-se depois de atingir vinte anos de serviço?”, interrogou-se Gunga, para quem “se o professor não tem dignidade como vamos ter ensino de qualidade em Angola?”

O secretário províncial do Sinprof fez notar que “um agente da Polícia Nacional com uma formação do ensino médio tem um salário acima de um professor licenciado e isto só demonstra que estamos num Estado que "aposta na força da repressão do cidadão e desvaloriza o sector que forma os recursos humanos”.

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