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O futuro dos elefantes africanos está nas mãos da China


Pesquisadores suspeitam que Hong Kong vende marfim da caça furtiva.

Um novo relatório da organização “Save the Elephants” mostra que Hong Kong tem mais produtos derivados do marfim do que qualquer outra cidade do mundo.

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A organização revela que a exportação destes produtos para a China continental mina o esforço do governo (chinês) para travar o comércio do marfim.

O relatório lançado esta quinta-feira, 16, em Nairobi, a capital do Quénia, indica que os investigadores contaram mais de 300 mil peças de marfim à venda em 72 estabelecimentos de Hong Kong. Muitas são peças de adorno e estatuetas vendidas a turistas em hotéis de luxo e lojas.

Em Hong Kong, a venda de marfim é permitida por lei, mas a exportação para a china continental é proibida.

Investigadores descobriram que 90 por cento do marfim é comprado por clientes da China continental e grande parte entra ilegalmente.

Para o fundador da "Save the Elephant", Douglas-Hamilton, a prática vai contra os esforços da China no sentido de travar a procura de marfim: “Penso que o futuro dos elefantes africanos está nas mãos da China. Hong Kong é parte da China e está a minar o banimento crescente que a China impõe."

Segundo Douglas-Hamilton, entre 2010 e 2012, 100 mil elefantes foram mortos em África para retirar o marfim, a maioria para satisfazer a procura na Ásia.

Hong Kong não importa marfim legalmente desde 1990. Os produtos que vende são feitos com base nas reservas.

Embora o relatório não conclua que Hong Kong vende marfim do contrabando, ecologistas sugerem que os negociantes da cidade alimentam as suas reservas com produto da caça furtiva.

Esmond Martin, da equipa de pesquisa, afirma que Hong Kongé conhecido como ponto de trânsito de marfim ilegal, e sublinha que as autoridades locais já confiscaram grandes quantidades vindas de África.

Parte do marfim recentemente confiscado em Hong Kong vinha do Quénia, Tanzânia e Togo.

A corrupção na linha de fornecimento – começando dos parques nacionais onde os elefantes vivem – é um dos grandes desafios na luta para travar o comércio do marfim.

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