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Nyusi destaca retoma da economia e Dhlakama diz que país está pobre


Filipe Nyusi e Afonso Dhlakama
Filipe Nyusi e Afonso Dhlakama

Presidente moçambicano promete retirada das tropas da Gorongosa

O Presidente de Moçambique garantiu que vai ordenar na segunda-feira, 26, que Forças de Defesa e Segurança abandonem as nove posições que ainda ocupam na Serra da Gorongosa.

O anúncio foi feito por Filipe Nyusi neste domingo, 25, no acto que assinalou, na Praça dos Heróis Nacionais, os 42 anos da independência do país.

Dhlakama também reclamou hoje a demora da saída das tropas da região.

Nyusi, no entanto, destacou o que considera de retoma da economia que, segundo ele, " está a reerguer-se", garantindo haver "perspectivas notáveis de investimento nacional e estrangeiro".

«Depois de enfrentarmos, nos últimos dois anos, situações macroeconómicas desafiantes, podemos afirmar que a nossa economia está de volta ao caminho do crescimento», revelou Nyusi, acrescentando que o Produto Interno Bruto (PIB) vai atingir 5,5 por cento este ano, contra3,8% em 2016.

Para o Chefe de Estado moçambicano as “perspectivas macroeconómicas de investimento produtivo nacional e estrangeiro continuam fortes e firmes emitindo sinais bastante encorajadores", situação a que se junta, segundo Nyusi, uma tendência decrescente da inflação, que no primeiro trimestre situou-se em 21,7 por cento contra 25,7 por cento em 2016.

O Presidente moçambicano ainda garantiu que o seu Governo vai apoiar a Procuradoria-Geral da República nas investigações sobre as chamadas dívidas ocultas.

Por outro lado, Nyusi prometeu que até o final desta segunda-feira, 26, das Forças de Defesa e Segurança de nove posições que ocupavam no âmbito dos confrontos com o braço armado da Renamo.

Dhlakama diz que país continua pobre

«Como forma de continuar a manter um ambiente de confiança mútua entre as duas partes [Governo e Renamo], iremos, mais uma vez, instruir a retirada das Forças de Defesa e Segurança de mais posições até ao final do dia de amanhã”, prometeu.

Entretanto, também hoje, o líder do principal partido da oposição, Afonso Dhlakama, queixou-se da presença das forças do Governo na Gorongosa.

No dia de mais uma celebração da independência, Dhlakama afirmou que 42 anos depois Moçambique continua um país pobre.

Estados Unidos felicitam

Em nome do Governo dos Estados Unidos da América, o secretário de Estado Rex Tillerson deu os "parabéns ao povo de Moçambique pelos 42 anos de independência".

"Nesta ocasião, também celebramos a história da amizade e da parceria entre os dois países", escreve Tillerson, que, "como parte desse relacionamento crescente", diz ter ficado satisfeito com o encontro mantido há duas semanas em Washington com o Presidente Filipe Nyusi.

"Essa reunião foi um reflexo da nossa parceria com o povo de Moçambique em questões abrangentes, como saúde, boa governação, educação, agricultura e negócios", continua o secretário de Estado americano que louva "o acordo de trégua indefinida das hostilidades".

O governante americano afirma estar orgulhoso de que o embaixador de Washington em Maputo tenha sido convidado para co-presidir o Grupo de Contacto para as conversações de paz.

"O povo de Moçambique merece uma paz duradoura", escreve Tillerson concluindo que "neste dia especial, os melhores desejos de paz e prosperidade futura para os cidadãos de Moçambique no próximo ano".

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