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Nova fase de AGOA estimulará competividade de produtos africanos


AGOA estimula exportações africanas (Foto:USAID)
AGOA estimula exportações africanas (Foto:USAID)

Economista moçambicano aconselha sinergias para melhor aproveitamento da oportunidade.

A nova fase da implementação da Lei de Crescimento e Oportunidades para África (AGOA), que abarcará o período 2015-2025, prevê a promoção da competitividade dos produtos africanos no mercado internacional.

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O Embaixador de Cabo Verde em Washington José Luís Rocha acolhe a iniciativa com agrado porque a abordagem complementará os ganhos da primeira fase.

“A primeira fase permitiu o incremento da capacidade de exportações de Africa, mas essa capacidade limitou-se aos países produtores de petróleo e de alguns produtos como flores, calçados e têxteis”, diz Rocha.

O diplomata, que é conhecedor profundo do AGOA, sublinha que “a capacitação progressiva dos países da África subsaariana em comércio permitirá que num horizonte de 10 anos os produtos africanos estejam num patamar de competitividade internacional”.

Introduzido no ano 2000, o AGOA permite que os países africanos coloquem os seus produtos no mercado americano isentos de taxas.

Esta iniciativa permitiu a triplicação das trocas comerciais entre os Estados Unidos e os países da África subsaariana e a criação de mais de dois milhões de postos de trabalho, disse o senador Orrin Hatch.

Em 2008, ano do seu pico, as receitas do AGOA atingiram 80 mil milhões de dólares americanos, mas em 2014 foram de apenas 23 mil milhões.

A redução em 2014, segundo o Departamento de Estado para o Comércio, foi de 32 por cento, por influência da redução de importações de petróleo.

Os maiores beneficiários do programa são África do Sul, Angola, Nigéria, Chade e Gabão. O Lesotho é outro beneficiário de destaque, graças à sua larga indústria têxtil, com 40 fábricas detidas por empresários asiáticos.

Em Moçambique, onde poucos empresários beneficiam do AGOA, o director executivo da Confederação das Associações Económicas de Moçambique Luís Sitoe diz que os empresários deverão apostar em sinergias para melhor beneficiar do programa.

“O ideal é que busquem plataformas de cooperação para juntar quantidades suficientes para justificar os contratos com os Estados Unidos”, aconselha o economista Sitoe, que também defende melhorias nas áreas de transporte e financiamento para apoiar o desempenho dos empresários.

Moçambique exporta para os Estados Unidos. no âmbito do AGOA. produtos agrícolas, pescado e artesanato. Em tempos, exportou têxteis e alumínio.

A primeira fase do AGOA termina em Setembro deste ano. A extensão recentemente anunciada pelo Senado carece da aprovação final da Camara de Representantes.

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