A Amnistia Internacional diz que 11 menores de seis anos, incluindo quatro bebés, morreram, este ano, sob custódia militar no acampamento de Giwa, em Maiduguri, nordeste da Nigéria.
Fotografias, vídeos e entrevistas com antigos detidos em Giwa confirmam o facto, disse o conselheiro da Amnistia Internacional para questões legais, Solomon Sacco.
As 11 crianças fazem parte das 150 mortes registadas, este ano, no acampamento. Sacco disse que “muitos são homens que viviam em péssimas condições (…) como se fossem sardinhas”.
A Amnistia Internacional diz que cerca de 1,200 pessoas estão de momento detidas no acampamento, das quais pelo menos 120 são crianças. Muitos nunca foram julgados.
Reporta-se que no local não há água e alimentos suficientes. As condições de higiene são precárias. A assistência médica é mínima.
O governo nigeriano refutou as acusações.
O porta-voz do exército, Rabe Abubakr, disse à VOA que a Amnistia teve acesso ao acampamento de Giwa e as suas recomendações de melhorias foram implementadas.
A Amnistia Internacional pediu à comunidade internacional para pressionar o presidente da Nigéria, Muhammadu Buhari, a respeitar os direitos humanos.
O governo nigeriano refutou as acusações. O porta-voz do exército, Rabe Abubakr, disse à VOA que a Amnistia teve acesso ao acampamento de Giwa e as suas recomendações foram implementadas.
Abubakr disse que “melhoramos o acampamento, a alimentação, as condições dos detidos. A luta contra o terrorismo é global, e creio que a comunidade internacional tem visto os esforços da Nigéria para eliminar o Boko Haram e outros aliados”.
O presidente da Nigéria, Muhammadu Buhari, está na Grã-Bretanha para participar numa cimeira contra a corrupção. A Amnistia Internacional pede à comunidade internacional para pressioná-lo a respeitar os direitos humanos.