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Netanyahu promete operação militar na cidade de Rafah com ou sem cessar-fogo


Palestinianos choram por familiares mortos em bombardeamentos israelitas, no hospital al-Najjar em Rafah, no sul da Faixa de Gaza, em 29 de abril de 2024, em meio ao conflito em curso entre Israel e o Hamas. (Foto: AFP)
Palestinianos choram por familiares mortos em bombardeamentos israelitas, no hospital al-Najjar em Rafah, no sul da Faixa de Gaza, em 29 de abril de 2024, em meio ao conflito em curso entre Israel e o Hamas. (Foto: AFP)

Netanyahu afirmou que é necessário que as forças israelitas entrem em Rafah para derrotar completamente o Hamas, que levou a cabo um ataque a Israel em outubro que matou 1200 pessoas.

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, comprometeu-se na terça-feira, 30, a levar a cabo uma operação militar na cidade de Rafah, no sul de Gaza, independentemente da existência de um acordo com o Hamas para um cessar-fogo e a libertação dos reféns detidos em Gaza.

“A ideia de que vamos parar a guerra antes de atingir todos os seus objetivos está fora de questão. Entraremos em Rafah e eliminaremos os batalhões do Hamas - com acordo ou sem acordo, para alcançar a vitória total", disse o gabinete de Netanyahu numa reunião com as famílias dos reféns.

Netanyahu afirmou que é necessário que as forças israelitas entrem em Rafah para derrotar completamente o Hamas, que levou a cabo um ataque a Israel em outubro que matou 1200 pessoas.

Soldados israelitas em preparação perto da fronteira com a Faixa de Gaza, no sul de Israel, 17 de outubro de 2023
Soldados israelitas em preparação perto da fronteira com a Faixa de Gaza, no sul de Israel, 17 de outubro de 2023

O Hamas também fez cerca de 250 reféns durante o ataque, e acredita-se que ainda mantém cerca de 100, juntamente com os restos mortais de 30 ou mais reféns que foram mortos ou morreram nos meses seguintes.

Mais de metade da população de Gaza está refugiada em Rafah, situada ao longo da fronteira entre Gaza e o Egipto.

Muitos palestinianos fugiram para Rafah para escapar aos ataques israelitas e as Nações Unidas alertaram para uma potencial catástrofe humanitária se Israel efetuar uma grande ofensiva terrestre na cidade.

Palestinianos em meio aos escombros após um ataque aéreo israelita em Rafah, na Faixa de Gaza. Segunda-feira, 29 de abril de 2024. (AP Photo/Mohammad Jahjouh)
Palestinianos em meio aos escombros após um ataque aéreo israelita em Rafah, na Faixa de Gaza. Segunda-feira, 29 de abril de 2024. (AP Photo/Mohammad Jahjouh)

A Casa Branca disse na segunda-feira, 29, que o Presidente dos EUA, Joe Biden, prometeu trabalhar com o Egipto e o Qatar para garantir a implementação de um cessar-fogo proposto entre Israel e o Hamas.

Em chamadas telefónicas com o Presidente egípcio Abdel Fattah el-Sissi e com o Emir do Qatar Sheikh Tamim bin Hamad Al Thani, Biden instou os líderes a fazerem tudo o que estiver ao seu alcance para pressionar a libertação dos reféns ainda detidos pelo Hamas em Gaza.

Uma declaração da Casa Branca descreveu a libertação dos reféns como “o único obstáculo para um cessar-fogo imediato e alívio para o povo de Gaza”.

Os Estados Unidos, o Egipto e o Qatar têm estado envolvidos em meses de conversações com o objetivo de travar a guerra. Uma proposta atualmente em análise inclui um cessar-fogo de cerca de seis semanas, a libertação dos reféns detidos pelo Hamas, a libertação dos prisioneiros palestinianos detidos por Israel e um aumento da ajuda humanitária aos civis palestinianos em Gaza.

Os responsáveis do Hamas reuniram-se com representantes do Egipto e do Qatar no Cairo, na segunda-feira, para discutir a proposta.

As conversações ocorrem no momento em que o Secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, visita a região para discutir a situação com responsáveis da Arábia Saudita, Jordânia e Israel.

A contraofensiva de Israel em Gaza já matou mais de 34.500 pessoas, cerca de dois terços das quais mulheres e crianças, segundo o Ministério da Saúde de Gaza,

Parte das informações desta notícia foi extraída da The Associated Press, Agence France-Presse e da Reuters.

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