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NATO afina posições e aponta baterias contra a Rússia e a China


Líderes da NATO em Bruxelas, 14 de Junho de 2021
Líderes da NATO em Bruxelas, 14 de Junho de 2021

Aliança Atlântica alarga campo de acção, com destaque para o ciberespaço e presença da China em África também

Os 30 Estados membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) reafirmaram nesta segunda-feira, 14, a sua parceria e, de forma unânime, enviaram uma forte mensagem à Rússia, principalmente, mas também à China.

Moscovo e Pequim foram chamados a "desafios à ordem internacional baseada em regras".

No comunicado final, os líderes concordaram em “abrir um novo capítulo nas relações transatlânticas”, uma vez que enfrentam um “ ambiente de segurança cada vez mais complexo”.

No final da cimeira, líderes do G-7 chamam a atenção da China e Rússia
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Neste sentido, adoptaram a “NATO 2030”, um mecanismo de consulta que vai preparar o próximo “Conceito Estratégico”, um documento que visa orientar a aliança para a crescente competição global e ameaças mais imprevisíveis.

A NATO 2030 inclui como "novas ameaças" uma “Rússia mais assertiva”, “forma mais brutal de terrorismo”, instabilidade contínua, ameaças cibernéticas e híbridas crescentes, novas tecnologias, pandemias e mudanças climáticas.

O documento também reconhece que “a ascensão da China muda fundamentalmente o equilíbrio de poder”.

Os desafios do ciberespaço

Em conferência de imprensa, em Bruxelas, o secretário-geral da organização esclareceu que ao concordar com a agenda NATO 2030, “os líderes tomaram decisões para tornar nossa aliança mais forte e mais adequada para o futuro”.

Jens Stoltenberg revelou que os aliados concordaram com uma nova política de defesa cibernética por reconhecer que “ o ciberespaço é colocado em risco o tempo todo” e é necessário assegurar que “temos fortes capacidades técnicas, consultas políticas e planeamento militar para manter nossos sistemas seguros”.

A crescente presença militar da China do Báltico à África não passou despercebida da cimeira.

"A China está se aproximando de nós. Nós a vemos no espaço cibernético, vemos a China na África, mas também vemos a China a investir pesado na nossa própria infraestrutura crítica", concluiu Stoltenberg.

"América está de volta", reafirma Joe Biden

Antes da cimeira, o Presidente americano reuniu-se com o secretário-Geral da NATO, a quem voltou a dizer que a “América está de volta”

“Eu só quero que toda a Europa saiba que os Estados Unidos estão lá. Os Estados Unidos estão lá ”, disse Biden em referência ao compromisso de Washington em relação à NATO, no encontro com Stoltenberg, no qual reiterou que o artigo quinto o princípio de defesa colectiva da aliança militar “é uma obrigação sagrada”.

O Presidente americano encontrou-se, também, em paralelo com os Presidentes da Estónia, Letónia e Lituânia, países que conquistaram a independência da antiga União Soviética em 1991, mas que, embora sejam membros da NATO, enfrentam uma permanente ameaça da Rússia.

Na quarta-feira, Joe Biden encontra-se em Genebra, com o seu homólogo russo Vladimir Putin.

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