O secretário executivo do Instituto Mosaiko, frei Mário Rui, disse em Luanda que algumas instituições do Estado desconfiam de todas as organizações de defesa dos Direitos Humanos que actuam de forma independente.
Contudo alertou para não se ter “uma visão catastrófica” da situação dos direitos humanos em Angola pois há “passos positivos”.
O frei dominicano falava à Voz da América durante as jornadas sobre Educação e Direitos Humanos que decorrem até sexta-feira em Luanda.
“Há instituições do Estado que estão muito fechadas sobre si próprias e que vêm com muita desconfiança alguém que não pertence à própria instituição”, declarou.
Mário Rui disse no entanto que há dentro das próprias instituições do estado muitos que querem colaborar.
“Há passos positivos”, disse.
“Não podemos cair numa visão cor-de-rosa em que dizemos que está tudo bem, tudo uma maravilha nem num avisão catastrófica em que se diz que está tudo mal que não se pode fazer nada”, acrescentou.
O sacerdote apelou implicitamente ao Governo para que haja cada vez maior o espaço de intervenção das pessoas que “sentem cada vez mais a vontade de colaborar”.
O Instituto Mosaiko, ligado à Igreja Católica é a primeira ONG angolana a assumir de forma explícita a missão de promover os Direitos Humanos em Angola, há 17 anos.