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Angola: Mulheres são ainda as mais discriminadas, dizem activistas


"As mulheres são as mais pobres entre os pobres"

As mulheres angolanas continuam a ser o segmento da população que mais sofrem de discriminação e querem que seja posto fim a essa situação.

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A decisão ficou patente num encontro realizado aqui em Luanda pela
Plataforma Mulheres em Acção que debateu as recomendações do sexto relatório periódico de Angola, das Nações Unidas.

O Comité da ONU, para esta área havia instado Angola a trabalhar na
redução de toda a discriminação contra a mulher.

Recomendação reforçada pela Plataforma Mulheres em Acção que quer que o país cumpra as suas obrigações ao abrigo de acordos que assinou.

"Como em Angola muitas vezes os tratados e acordos são assinados e não há cumprimento efectivo destas normas, então nós pretendemos fazer com que o estado angolano cumpra com as recomendações apresentadas por estes órgãos internacionais," disse Verónica Sapalo Directora Executiva da Plataforma Mulheres em Acção.

" Nós ainda sentimos uma fraca participação das mulheres na vida publica e social do país," acrescentou.

Outra integrante da Plataforma, Katila Pinto de Andrade chama a atenção, para a vertente qualidade da mulher e não muito na questão numérica.

"Olhamos muito para os números e ficamos contentes com as percentagens mas isso deve reflectir-se em questões maisqualitativas em politicas, " disse.

A ADRA também se fez presente e a sua assistente de projectos Teresa
Kivienguele considera que a mulher em Angola está sempre entre os
piores.

"As mulheres ainda são as mais pobres entre os pobres, as mulheres são as mais analfabetas, em maior numero são as mulheres que não tem bilhete de identidade, não tem possibilidade e oportunidade de formação académica e participação na vida política e publica do país," disse.

Pela particularidade de sensibilidade que a mulher tem comparando ao
homem, Kivienguele acredita que com uma mulher na presidência em
Angola, o país vai dar o salto que todos almejam.

"Quando uma mulher ganha o seu salário ou o seu rendimento na zunga ou no mercado normalmente ela pensa automaticamente na redistribuição para toda família incluindo o marido, já os homens são mais individualistas quando recebem pensam primeiro em si,” disse.

“ Acredito que se uma mulher for presidente da república algumas
mudanças significativas se vão apurar," acrescentou.
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