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Moçambique: Os Fantasmas de Nachingwea


Moçambique: Os Fantasmas de Nachingwea
Moçambique: Os Fantasmas de Nachingwea

Centenas de pessoas foram julgadas no campo de Nachingwea nos meses que antecederam a independencia de Moçambique. O que lhes aconteceu? um investigador responde

Estávamos em 1975 a pouco meses da independência de Moçambique. O fervor revolucionário de mudança sentia-se em todo o país. A Frente de Libertação de Moçambique, Frelimo preparava-se para assumir o poder na certeza absoluta das suas convicções e linha política. Não havia lugar para dissidência ou pontos de vista diferentes.

Nesses meses que antecedem a independência na Tanzânia centenas de pessoas são julgadas pela Frelimo acusadas de vários crimes contra a luta de libertação e contra a revolução.

Agora familiares desses acusados querem saber o que aconteceu aos réus do julgamento de Nachingwa. Vão formar uma associação. Nachingwea é conhecida pelos moçambicanos como uma das principais bases da Frelimo na Tanzânia. Mas não só. Neste regresso ao passado falamos com o investigador João Cabrita que nos disse que cerca de 300 pessoas foram, julgadas em Nachingwea. Foram acusados de traição ou deserção. Algumas delas são figuras conhecidas como Urias Simango e Joana Simião que seriam fuzilados anos mais tarde num campo de reeducação. Mas Cabrita disse nos que ninguém sabe o que aconteceu á esmagadora maioria daqueles que foram julgados. “Só as autoridades moçambicanas podem revelar isso,” disse o investigador.

Ouça a entrevista.

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