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Moçambicanas Escolhidas para Apoiar União Africana


Luísa Diogo
Luísa Diogo

A União Africana decidiu nomear uma série de conselheiros para ajudar a direcção deste organismo continental a lidar com os diversos problemas a que faz face.Este foi o tema que abordamos no nosso programa "Temas e Debates" desta semana.
Vinte e seis personalidades africanas, representando as mais diversas áreas: política, empresarial, desportiva, artística, cultural e musical.
Doze irão fazer parte do Conselho Consultivo e 14 irão trabalhar como embaixadores da paz.São figuras com nomes sonantes: só de Moçambique são quatro: Luísa Diogo, Graça Machel, Paulina Chiziane e Lurdes Mutola.
Luísa Diogo foi antiga Primeira-Ministra; Graça Machel, viúva do primeiro Presidente de Moçambique, Samora Machel, e esposa do ex-presidente sul-africano Nelson Mandela; Paulina Chiziane, uma proeminente escritora; e Lurdes Mutola, atleta,medalha de ouro dos Jogos Olímpicos, campeã dos 800 metros.
Luísa Diogo e Graça Machel foram nomeadas conselheiras da Comissão da União Africana e Paulina Chiziane e Lurdes Mutola, embaixadoras da paz.
Ajudar na resolução de conflitos, e nos esforços de manutenção da paz.
Esta a principal tarefa dos conselheiros e embaixadores da paz da União Africana.
Luísa Diogo tem 52 anos de idade.Em 2004, foi considerada pela revista norte-americana "Times" como uma das cem personalidades mais influentes do mundo, e, pela "Forbes", em 2005 e nos três anos seguintes, como uma das cem mulheres mais poderosas do Planeta.
Membro da Comissão Política do partido no poder,a Frelimo, Luísa Diogo tem uma vasta experiência profissional.Mestrada em Economia Financeira pela Universidade de Londres, Luísa Diogo começou por ingressar no Ministério das Finanças como técnica do Departamento dos Sectores Económico e de Investimento. Foi subindo, subindo até atingir o topo:o cargo de Directora Nacional do Orçamento, Vice-Ministra, depois Ministra do Plano e Finanças e, em 2004, Primeira-Ministra, cargo ao qual foi reconduzida em 2005, tendo cessado funções em 2009.
Luísa Diogo, que já trabalhou nos escritórios do Banco Mundial em Maputo, é agora deputada da bancada parlamentar da Frelimo.Diz que ficou supreendida com a sua nomeação, pois sente-se mais peixe na água lidando com assuntos relacionados com o desenvolvimento, mas que está disposta a dar o máximo para ajudar África.
Para os analistas, a escolha destas figuras foi acertada.A nossa equipa de reportagem falou com a cientista política e social Iraê Lundin.
Formada em antropologia e geografia política por uma Universidade da Suécia, Lundin dá aulas de metodologia de pesquisa em Ciências Sociais e Políticas no Instituto Superior de Relações Internacionais, em Maputo.
Para além de leccionar, Iraê Lundin, 57 anos de idade, trabalha no Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais, chefiando o Departamento de Estudos Sócio-Políticos e Culturais. Para a pesquisadora, o grupo escolhido pela União Africana terá sucesso.
O facto de Moçambique ter alcançado a paz, depois de 16 anos de guerra, e de estar a conseguir manter essa paz pode ser, no entender de Iraê Lundin, o motivo que terá incentivado os líderes da União Africana a optarem pelas quatro moçambicanas.
Iraê Lundin, docente e pesquisadora, reagindo à nomeação de Luisa Diogo e de Graça Machel, que passarão a trabalhar como conselheiras da Comissão da União Africana, e de Paulina Chiziane e Lurdes Mutola, designadas embaixadores da paz da Organização continental.
Uma nomeação que aconteceu recentemente e que surge essencialmente como tentativa da Comissão da União Africana em espevitar os esforços de pacificação do continente.

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