Um oficial do partido Liga Nacional para a Democracia da deposta Aung San Suu Kyi, morreu sob custódia da polícia, confirmou um membro do partido ao serviço birmanês da VOA, enquanto as forças de segurança continuam a reprimir os protestos anti-golpe em Myanmar.
O membro da Liga Nacional para a Democracia (NLD na sigla em inglês) Khin Maung Latt foi preso durante raids nocturnos em Yangon no sábado e morreu enquanto estava detido, disse o parlamentar Sithu Maung. A causa da morte não foi divulgada.
Tun Kyi, porta-voz da Associação de Assistência para Prisioneiros Políticos da Birmânia, disse à VOA que acompanhou a família enlutada para reivindicar o corpo de Khin Maung Latt e testemunhou sangue na sua cabeça, dedos enegrecidos e feridas nas costas.
Os raids nocturnos conduzidos pela polícia têm como alvo líderes do NLD. A polícia não comentou o assunto.
Enquanto isso, milhares de manifestantes anti-golpe voltaram às ruas do Myanmar no domingo.
Mandalay, a segunda principal cidade do Myanmar, viu a maior reunião de activistas num protesto após dois minutos de silêncio em homenagem às pessoas mortas pela polícia e unidades militares, mostrou um vídeo colocado nas redes sociais.
A polícia usou granadas de atordoamento e gás lacrimogéneo contra manifestantes na cidade histórica de templos de Bagan, um Património Mundial da UNESCO, famosa pelos seus antigos templos budistas.
Um homem de 19 anos e uma mulher sofreram ferimentos graves ao serem baleados, mas não ficou claro se foram atingidos por balas de borracha ou munição real.
Pelo menos três pessoas foram presas no distrito de Kyauktada, no centro de Yangon, no final de sábado para domingo, disseram os residentes, sem nenhum motivo dado para as prisões.