Morreu o “pequeno genial”, como era chamado o jogador português, Fernando Chalana.
O anúncio foi feito pelo Benfica, clube onde começou e ao qual esteve ligado até ao fim da vida nesta quarta-feira, 10.
Natural do Barreiro, Chalana estreou-se na primeira equipa do Benfica a 7 de Março de 1976, com apenas 17 anos e 25 dias.
“Até àquela data, nunca ninguém tão jovem havia actuado na 1.ª Divisão portuguesa», lembra a nota no site do Benfica.
Formado no Barreirense, Chalana, 37 vezes internacional por Portugal, chegou ao Benfica em 1974/1975, e mudou-se para o Bordéus, na França, em 1984, onde permaneceu três anos, até regressar ao clube da Luz, onde jogou de 1997 a 1990.
Ele terminou a carreira em 1992 no Estrela da Amadora, depois de ter jogado um ano Belenenses, ambos clubes de Lisboa.
Após terminar a carreira, foi treinador das camadas jovens do Benfica e adjunto de vários treinadores na equipa sénior.
"O clube tomou conhecimento com tristeza do falecimento de Fernando Chalana. O Bordéus envia as suas mais sentidas condolências à família e entes queridos", diz uma nota da equipa francesa, onde Chalana jogou e fez história.
Considerado o melhor jogador português da sua geração, Chalana foi a estrela da selecção lusa no Europeu de 1984, que foi eliminada nas meias-finais pela França, que viria a sagrar-se campeã da prova.
As reacções são muitas. O também esquerdino mas do Sporting, com quem rivalizou na altura, Futre escreveu no Twitter: "O meu grande ídolo Fernando Chalana faleceu hoje. O pequeno grande génio. Sempre será a minha maior referência e inspiração. Os meus mais sinceros pêsames para a família. Até sempre, Mito".
O presidente do Benfica e antigo jogador Rui Costa disse em declarações à BTV que hoje "é um dia muito triste para toda a nação benfiquista e toda a nação do futebol".
"Partiu um dos maiores génios do futebol nacional, tem um lugar no clube para todo o sempre, por todas as memórias que nos deixa. Todos temos memórias do Chalana, quanto mais não seja como adeptos, por vê-lo a fazer tanta coisa boa nesses campos", disse Rui Costa, concluindo que "estamos a falar daquele que todos consideramos o maior génio do futebol português".