Morreu nesta terça-feira, aos 72 anos, o capitão do tricampeonato da selecção brasileira na Copa do Mundo de 1970, Carlos Alberto Torres.
O ex-jogador sofreu um enfarte e faleceu ainda em casa.
Considerado o maior lateral direito da história do Brasil e da selecção, Carlos Alberto Torres era carioca e começou a carreira no Fluminense na década de 60, onde conquistou um título carioca em 1964.
Em 1965, Torres foi para o Santos e jogou ao lado do maior jogador da história do futebol, Pelé.
Durante 10 anos conquistou títulos nacionais, títulos paulistas e a Recopa Sul-Americana de 1968.
Após a passagem pelo Santos e um rápido período no Botafogo, voltou ao Fluminense, onde fez parte de outra grande equpa da história do futebol brasileiro, a Máquina Tricolor, montada pelo presidente Francisco Horta, bicampeã carioca de 1975 e 1976.
Em 1977, defendeu o Flamengo antes de seguir para os Estados Unidos para jogar pelo New York Cosmos.
Na selecção brasileira, Carlos Alberto Torres foi o capitão daquele que é considerado uma das maiores equipas de todos os tempos: tricampeã mundial de 1970, que contava com o talento de Pelé, Tostão, Rivelino, Gérson, Jairzinho e outros tantos craques sob o comando do técnico Zagallo.
Conhecido por “Capita”, título que manteve até à morte, Torres fez o golo que fechou a campanha do tricampeonato mundial e em que a selecção ganhou todos os jogos.
Além de treinador, no Brasil e no exterior sem nunca ter conseguido o estatuto que teve como atleta, Torres também se arriscou brevemente na política.
Era filiado ao Partido Democrático Trabalhista (PDT) e chegou a ser vereador de 1989 a 1993.
“A pior coisa que fiz minha vida”, reconheceu.
Reacções
A morte do “capitão do tri” fez manchetes da imprensa internaiconal.
A emissora inglesa BBC chamou Carlos Alberto de lenda, classificou de inónico o golo marcado na final da Copa de 1970 e ressaltou que o dia era muito triste para o futebol brasileiro.
O francês L´Equipe também lembrou o golo de 1970, eleito o mais bonito em vários Mundiais, marcado por uma “lenda”.
Na Espanha, o El País foi além do golo e dos elogios ao chamar Carlos Alberto de lendário.
O jornal destacou a sua passagem por Fluminense, Flamengo e Santos e disse que ele actuou numa das melhores selecções da história.