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Morreu a activista que questionou a Ban ki-Moon “será que um dia serei Secretária-geral” das Nações Unidas?


Raquelina Langa
Raquelina Langa

A moçambicana Raquelina Langa destacava-se no activismo contra a violência.

Morreu, sexta-feira, 25, em Maputo, a jovem activista moçambicana Raquelina Fernando Langa, que se tornou popular, em 2013, ao questionar a Ban Ki-Moon o que era preciso para uma mulher ser Secretária-geral das Nações Unidas.

A Rádio das Nações Unidas, citando o professor secundário Ernesto Ngomane, informou que Raquelina, de 20 anos, perdeu a vida num hospital de Maputo, onde passou grande parte deste ano.

“Uma vez hospitalizada, ela teve que receber soro, porque ela já vinha muito fraca e estava com problemas de falta de sangue,” disse o professor Ngomane à Rádio das Nações Unidas.

Por causa da doença, Raquelina foi impossibilitada de iniciar as aulas em Fevereiro.

“Será que um dia eu serei Secretária-geral, e o que devo fazer para ser Secretária-geral” das Nações Unidas, perguntou a jovem a Ban ki-Moon, em Maio de 2013, quando o chefe da ONU visitou a Escola Secundária Mateus Sansão Muthemba, em Maputo.

Ban Ki-moon e Raquelina Langa em Maputo, 2013
Ban Ki-moon e Raquelina Langa em Maputo, 2013

Na sequência, o Secretário-geral das Nações Unidas apelou às mulheres a sonhar grande e convidou a jovem estudante a visitar a sede das Nações Unidas.

A 12 de Agosto de 2014, Raquelina participou na celebração do Dia Internacional da Juventude, na sede das Nações Unidas, em Nova Iorque.

Nesse reencontro, Ban disse que Raquelina chamou a sua atenção para pensar que depois de sete década de existência, a ONU tinha uma oportunidade para considerar uma mulher para a sua liderança.

De regresso ao seu país, Raquelina continuou as suas actividades na área dos direitos humanos, destacando-se na protecção de outras raparigas contra a violência.

O seu funeral será realizado, próxima semana, em Maputo.

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