Moradores dos povoados de Cutelo Alto e Fonsaco, que ficam no município dos Mosteiros, começam a abandonar as suas casas devido às ameaças do Vulcão do Pico, cuja erupção não dá tréguas.
Depois do alerta dado pelas autoridades e por cientistas, aqueles habitantes optaram por abandonar as suas casas em segurança e com os seus pertences, para que não se repita o que aconteceu nos povoados do Portela e Bangaeira, já consumidas pelas lavas do vulcão.
O presidente substituto da Câmara Municipal dos Mosteiros Jaime Monteiro, citado por asemanaononline, aplaudiu a atitude dos moradores de Fonsaco, que não esperaram a ordem de evacuação das autoridades para começarem a tomar as suas providências.
Monteiro diz que o que se está a passar no terreno é da livre e espontânea vontade das pessoas, “jogando na antecipação e preservando os seus bens de uma eventual descida das lavas em direcção ao mar”.
Além das localidades de Cutelo Alto e Fonsaco, os povoados de Monte Barro, Boca Curral e Queimada Trás estão também em zona de risco, diz Monteiro. De acordo com dados recolhidos no terreno, são cerca de 500 casas habitadas e pouco mais de 2.100 pessoas que poderão ser afectadas.
O Gabinete de Comunicação e Imagem do Governo emitiu um comunicado na tarde desta quarta-feira, 10, no qual diz que a frente de lava localizada a 600 metros da zona de Bangaeira, que poderá ir em direcção a Fernão Gomes, não teve avanço significativo.
Em termos de actividade vulcânica, neste momento, “o vulcão está com uma taxa baixa de saída de lavas, verificando essencialmente a emissão regressiva de gases e cinzas”, lê-nos comunica que diz não ser aconselhável visitar Chã das Caldeiras “por haver uma grande concentração de gases nesta região.
O Vulcão do Pico, na ilha cabo-verdiana do Fogo, entrou em erupção da 23 de Novembro, provocou a evacuação de cerca de 1200 pessoas, destruiu dos povoados e produziu danos considerados incalculáveis pelas autoridades.