O Presidente Filipe Nyusi diz que é do interesse do povo a realização da auditoria às dívidas denunciadas pelo Fundo Monetário Internacional (FMI).
Nyusi foi entrevistado pela VOA ontem, 15, aqui em Washington, antes do encontro com a directora-geral do FMI, Christine Lagarde, no qual foi acordado que uma equipa da instituição irá a Moçambique apoiar as autoridades a realizar uma auditoria às chamadas “dívidas ocultas”.
As dívidas vieram a público em Abril do ano passado durante as reuniões da Primavera do FMI e do Banco Mundial, e ultrapassam mil milhões de dólares.
Nesta conversa, Nyusi reconhece que a transparência é crucial para Moçambique continuar a ter o apoio internacional.
Nyusi visita Washington numa altura em que foram retomadas em Moçambique as negociações de paz, entre a Renamo e o governo, e ainda não há consenso.
Um dos pontos exigidos pela Renamo é a retirada das tropas governamentais da Serra da Gorongosa, onde vive o seu líder, Afonso Dhlakama. O governo recusa a exigência.
“Eu tenho esperança que alguma solução tem que sair e tem que ser rápido (…) mas uma solução que não viola a lei e seja douradora ”, diz Nyusi.
Outro ponto reclamado pela Renamo é a governação nas seis províncias onde venceu as eleições, e Nyusi diz que “o pior que pode acontecer é rasgar a constituição”.