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Moçambique: Conversações Governo-Renamo a passo de caracol


Os assuntos na mesa são considerados complicados para o governo.

Em Moçambique começou a quinta ronda de conversações entre o governo e a Renamo sobre a manutenção da paz e consolidação da democracia em Moçambique.
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As duas partes voltaram à mesa de negociações para debaterem questões colocadas pela Renamo relacionadas com a retirada da polícia, que cercou o líder da Renamo Afonso Dhlakama, em Gorongosa, paridade numérica entre a Frelimo e a Renamo na composição da Comissão Nacional de Eleições, reorganização das Forcas Armadas de Defesa de Moçambique e despartidarizacao das instituições do estado.

O primeiro ponto parecia ter sido retirado do rol das questões apresentadas pela Renamo, mas agora tudo indica que voltou à ribalta devido a troca de tiros havido há três dias em Gorongosa entre a polícia e os guerrilheiros da Renamo. No incidente, pelo menos sete agentes da polícia ficaram feridos.

O comando provincial da polícia em Sofala reconheceu ter havido excesso de zelo por parte dos seus agentes, que precipitadamente disparou contra os guerrilheiros da Renamo. O líder do antigo movimento rebelde apelou ao governo para evitar o que considera provocações e tentativas de resolver os problemas através das armas.

Em Maputo, a equipa negocial da Renamo havia exigido a retirada da polícia fortemente armada de Gorongosa, mas o governo explicou que Afonso Dhlakama é membro do Conselho de Estado que merece protecção policial.

Os assuntos na mesa são considerados complicados para o governo.
Juristas dizem, por exemplo, que alguns assuntos estão ligados à constituição da república, como é o caso da composição da Comissão Nacional de Eleições, que é feita através da representação proporcional no Parlamento. Mas a Renamo, com 51 deputados no Parlamento, exige paridade numérica com a Frelimo que tem 191 deputados.
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