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Moçambique deve investigar violações de direitos humanos em Cabo Delgado, diz Washington


Ned Price, porta-vz do Departamento de Estado americano
Ned Price, porta-vz do Departamento de Estado americano

Ajuda militar americana pode depender da defesa dos direitos humanos

Os Estados Unidos avisaram que violações de direitos humanos pelas forças de segurança de Moçambique na província de Cabo Delgado colocam em perigo a sua luta contra os rebeldes islâmicos nessa província e a possibilidade de ajuda militar americana.

O porta-voz do Departamento de Estado, Ned Price, comentou na quinta-feira, 11, alegações da Amnistia Internacional (AI) de que as forças moçambicanas estariam envolvidas em abusos, incluindo assassinatos e que alguns desses abusos teriam sido cometidos por companhias privadas que apoiam o Governo de Maputo nesses combates.

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“Apelamos ao Governo moçambicano para investigar as alegações e abusos de violações de direitos humanos e apelamos a que responsabilizem os autores de quaisquer desses abusos”, sublinhou o porta-voz.

“Quaisquer dessas alegações ameaçam a capacidade do Governo de combater o extremismo violento e, nesse sentido, e não é só consistente com os nossos valores mas também consistente com os nossos interesses que Moçambique faça tudo o que poder para investigar e assegurar a responsabilização por violações de direitos humanos”, acrescentou Pride.

O porta-voz disse ainda que, ao abrigo da lei americana, a ajuda militar a unidades de exércitos estrangeiros só pode ser fornecida “quando há informação credível de que essa unidade não cometeu violações de direitos humanos.

Na quarta-feira, 10, os Estados Unidos designaram o Estado Islâmico de Moçambique (ISIS-Mozambique), também conhecido por Ansar al-Sunna e Al-Shabab, uma organização terrorista e avisaram que qualquer instituição ou indivíduos que se envolvam com o grupo estarão sujeitos a sanções americanas e a possíveis acções de agências policiais americanas.

O porta-voz do Departamento de Estado lembrou, na altura, que essa designação “é um importante passo na luta global para se derrotar o ISIS (Estado Islâmico)”.

“Continuamos decididamente envolvidos com os nossos parceiros para fazer face a desafios de segurança e para fazer avançar a paz e segurança em África”, conclui Ned Price.

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