O Ministério Público de Timor-Leste pediu penas de 10 anos de prisão para duas antigas ministras acusadas de participação económica em negócio e administração danosa.
Emília Pires, ex-titular da pasta das Finanças, e Madalena Hanjan, ex-vice-ministra da Saúde são acusadas de irregularidades na compra de centenas de camas hospitalares em contratos adjudicados à empresa do marido da primeira, com um suposto conluio entre os três para a concretização do negócio, no valor de 800 mil dólares.
"O Ministério Público considera haver prova suficiente para demonstrar que as arguidas cometeram actos ilícitos", disse a procuradora Lídia Soares, que ter provocado prejuízos ao Estado no valor de aproximadamente 183 mil dólares.
A legislação aplicável prevê penas de prisão de dois a oito anos mas se os prejuízos forem superiores a 10 mil dólares, elas podem chegar a 15 anos de privação de liberdade.
Os advogados de defesa de Emília Pires manifestaram estranhezapelo facto do requerimento de constitucional, que "está devidamente fundamentado" poder "ser visto como um ataque às normas".