A União Nacional dos Mineiros, maior sindicato dos trabalhadores das minas na Africa do Sul, está em rota de colisão com o patronato e com o Governo sul-africanos.
O sindicato exige aumento salarial de 100 por cento para os trabalhadores de escalão considerado inferior, que ganham cerca de 4 mil rands por mês, equivalentes a 333 dólares americanos.
A União dos Mineiros exige igualmente 50 por cento de subsídio para trabalhadores de outros escalões.
O patronato das minas avança com planos de redução da mão-de-obra, situação que agrava o desemprego no país.
A Glencore, uma companhia multinacional especializada na exploração de carvão mineral, anunciou a redução de mil trabalhadores e eventual encerramento das suas operações na província de Mpumalanga, que faz limite com Moçambique.
O sindicato dos mineiros não concorda.
O coordenador geral das comissões dos trabalhadores mineiros na áfrica do Sul, Victor Cossa, considera que a Glencore deve congelar o plano de despedimento.
A tensão já esta alta na indústria mineira. Os acordos salariais expiram no final deste mês, sendo que Abril será um verdadeiro mês de negociações e greves em vários sectores de actividades.
A África do Sul tem cerca de 500 mil trabalhadores no sector das minas, dos quais 32 mil são moçambicanos.