A líder pró-democracia em Mianmar, Aung San Suu Kyi, que se aproximava nesta quarta-feira de obter maioria absoluta no Parlamento, pediu uma reunião com o presidente e o poderoso chefe militar do país para discutir a reconciliação nacional.
A Reuters escreve que a oposicionista Liga Nacional para a Democracia (LND), de Suu Kyi, conquistou mais de 90 por cento dos assentos declarados até agora na câmara baixa e está bem à frente na apuração para a câmara alta e assembleias regionais.
Se os resultados finais confirmarem a tendência, o triunfo de Suu Kyi retirará do poder uma velha guarda de ex-generais que comandam Mianmar desde que a junta militar entregou o poder ao governo do presidente Thein Sein, em 2011.
As Forças Armadas continuam a exercer um poder considerável nas instituições políticas de Mianmar, consagrado na Constituição elaborada antes do fim de quase 50 anos de governo militar. Não está claro como Suu Kyi e os generais vão trabalhar juntos.
Em cartas ao comandante-chefe e presidente datada de 10 de novembro, que a LND divulgou hoje, Suu Kyi pediu reuniões dentro de uma semana para discutir os termos da "reconciliação nacional".