Mestre Petchú e o Campeonato de Kizomba
Decorre este fim de semana em Lisboa "África a Dançar - Congresso Internacional de Danças Africanas", que acolhe o 5º Campeonato Internacional de Kizomba.
A final do campeonato, a realizar no domingo, conta com participantes de Angola, Portugal, Moçambique, Grã-Bretanha, Polónia, Espanha e França apurados em dezenas de eliminatórias.
Mestre Petchú, conselheiro artístico da organização e presidente da Mesa do Júri do campeonato, disse à Voz da América que a diversidade dos participantes comprova a popularidade internacional do kizomba - uma dança tradicional, cuja fama e número de praticantes crescem fora das fronteiras de Angola.
Notando que a dança africana não é prática exclusiva de africanos, Mestre Petchú sublinha que "toda a gente que pratica kizomba é chamado kizombeiro".
Quando foi convidado a dar a primeira aula de kizomba, em Portugal, Petchú confessa ter pensado que "os portugueses são malucos, porque o kizomba não se ensina".
Mas, afinal, "felizmente eu compreendi que era possível ensinar kizomba e dei este arranque. Passados 18 anos, o kizomba é um fenómeno" em Portugal, França e outros países como os Estados Unidos onde Mestre Petchú deverá orientar um workshop, ainda este ano.
Petchú, um bailarino, coreógrafo e director artístico do Ballet Tradicional Kilandikuli, passou os últimos 30 anos a promover a cultura angolana no exterior, diz que o "África a Dançar é o congresso-mãe de todos os festivais de kizomba que existem".
Durante o fim de semana, para além do campeonato e show de dança, há gastronomia africana e workshops de dança para estudantes e professores.
Os mestres são convidados, segundo Petchú, para ensinar os que aprendem os primeiros passos e "professores que venham compreender de que maneira é transmitido o passo e a metedologia, para melhorarem a sua qualificação como professores".
O congresso e o campeonato são organizados pela empresa de eventos de Paulo Magalhães, um angolano que vive em Portugal desde os 5 anos de idade.
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