As manifestações no Brasil não dão trégua, desde que milhares de brasileiros foram às ruas no meio deste ano chamando a atenção do mundo. Os movimentos atuais nas cidades brasileiras são mais regionalizados, com menor participação popular e envolvendo grupos mais específicos como professores, policiais, estudantes e até índios. Mas, assim como nas mobilizações nacionais passadas, os confrontos entre civis e a polícia marcam esses momentos atuais.
Nos últimos dias, Brasília (DF), Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP) e Natal (RN) foram palcos dos protestos populares mais violentos. No caso de Natal, o protesto foi pelo passe livre no transporte público. Já no Rio de Janeiro, a reivindicação por melhores salários dos servidores da educação leva, desde a semana passada, centenas de professores às ruas.
Devido à tensão na capital, que é o cartão postal do Brasil, a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República anunciou a criação de um grupo que deve dialogar com o governo do Rio de Janeiro para evitar a violência policial. O anúncio foi feito depois de confrontos, presos e denúncias de massacres de professores por policiais.
O senador Cristovam Buarque, do PDT do Distrito Federal, ex-candidato à presidência da república afirmou ser injustificável que os professores no Rio de Janeiro tenham sido alvos dos policiais durante as manifestações. O senador, que historicamente carrega bandeiras em defesa do ensino, lembrou que, além da desvalorização dos professores, a educação brasileira enfrenta o aumento do analfabetismo. Nas redes sociais, os professores já convocam uma grande manifestação para a próxima segunda-feira (7), no Rio de Janeiro, comprovando que esse clima de protesto já faz parte da realidade do país e muda a vida de muitos brasileiros.
No Rio, por exemplo, as manifestações fazem o comércio da região central da cidade, onde acontece a maioria dos protestos, a sofrer prejuízos permanentes, como explica Aldo Gonçalves, Presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas.
“A perda é grande. Esse ambiente de insegurança ocasiona problema de transporte, ônibus, táxis. É muito preocupante para o comércio do Rio de Janeiro. Além do quebra-quebra durante os protestos, há uma fuga dos consumidores por causa da insegurança e dos problemas com o transporte”, afirma Aldo Gonçalves.
Em Brasília (DF) o clima também é tenso. Índios estão acampados na porta do Congresso Nacional. Nessa quarta-feira (2), a polícia chegou a cercar o Palácio do Planalto para impedir que índios entrassem no prédio durante uma manifestação. Duas pessoas ficaram feridas. Os indígenas protestam contra as possíveis mudanças na política de demarcação de terra desses povos que hoje somam quase 900 mil no país. O cacique Raoni, da etnia caiapó, que ganhou notoriedade na década de 80 por sua luta pela preservação da Amazónia apelou para o respeito aos primeiros habitantes do Brasil e pediu a manutenção da Fundação Nacional do Índio, FUNAI.
"Eu peço aqui para vocês, principalmente para você ter respeito com a Funai. A Funai sempre nos ajudou. E hoje vocês estão querendo acabar com a Funai. A gente quer que a Funai continue com a demarcação das terras."
Nos últimos dias, Brasília (DF), Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP) e Natal (RN) foram palcos dos protestos populares mais violentos. No caso de Natal, o protesto foi pelo passe livre no transporte público. Já no Rio de Janeiro, a reivindicação por melhores salários dos servidores da educação leva, desde a semana passada, centenas de professores às ruas.
Devido à tensão na capital, que é o cartão postal do Brasil, a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República anunciou a criação de um grupo que deve dialogar com o governo do Rio de Janeiro para evitar a violência policial. O anúncio foi feito depois de confrontos, presos e denúncias de massacres de professores por policiais.
O senador Cristovam Buarque, do PDT do Distrito Federal, ex-candidato à presidência da república afirmou ser injustificável que os professores no Rio de Janeiro tenham sido alvos dos policiais durante as manifestações. O senador, que historicamente carrega bandeiras em defesa do ensino, lembrou que, além da desvalorização dos professores, a educação brasileira enfrenta o aumento do analfabetismo. Nas redes sociais, os professores já convocam uma grande manifestação para a próxima segunda-feira (7), no Rio de Janeiro, comprovando que esse clima de protesto já faz parte da realidade do país e muda a vida de muitos brasileiros.
No Rio, por exemplo, as manifestações fazem o comércio da região central da cidade, onde acontece a maioria dos protestos, a sofrer prejuízos permanentes, como explica Aldo Gonçalves, Presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas.
“A perda é grande. Esse ambiente de insegurança ocasiona problema de transporte, ônibus, táxis. É muito preocupante para o comércio do Rio de Janeiro. Além do quebra-quebra durante os protestos, há uma fuga dos consumidores por causa da insegurança e dos problemas com o transporte”, afirma Aldo Gonçalves.
Em Brasília (DF) o clima também é tenso. Índios estão acampados na porta do Congresso Nacional. Nessa quarta-feira (2), a polícia chegou a cercar o Palácio do Planalto para impedir que índios entrassem no prédio durante uma manifestação. Duas pessoas ficaram feridas. Os indígenas protestam contra as possíveis mudanças na política de demarcação de terra desses povos que hoje somam quase 900 mil no país. O cacique Raoni, da etnia caiapó, que ganhou notoriedade na década de 80 por sua luta pela preservação da Amazónia apelou para o respeito aos primeiros habitantes do Brasil e pediu a manutenção da Fundação Nacional do Índio, FUNAI.
"Eu peço aqui para vocês, principalmente para você ter respeito com a Funai. A Funai sempre nos ajudou. E hoje vocês estão querendo acabar com a Funai. A gente quer que a Funai continue com a demarcação das terras."