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Malawi: Iminente fome


Silos de milho vazios, iminente fome no Malawi. (foto de arquivo)
Silos de milho vazios, iminente fome no Malawi. (foto de arquivo)

As autoridades malawianas dizem que há um iminente risco de muitas pessoas enfrentarem a fome, em resultado da fraca produção de milho, a base da alimentação no país.

E pedem calma enquanto se buscam soluções.

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A massa de farinha, Nsima, é a base de alimentação da maioria dos malawianos. Mas o governo diz que nos próximos meses muitos terão dificuldades para ter algo na mesa.

A produção de milho foi baixa este ano. Choveu em excesso e os campos não renderam.

O governo estima que 200 mil malawianos correm o risco de fome, mas funcionários das regiões calculam 400 mil.

Prince Magombo, estudante de jornalismo em Blantyre, diz que o preço de milho já duplicou no mercado privado.

Nos supermercados, diz ele, “os preços são altos e as pessoas é que sofrem, os grandes, não; levam uma vida normal, mesmo com os preços altos; têm salários altos e podem comprar qualquer coisa”.

As autoridades dizem que vão comprar 300 toneladas métricas de milho na vizinha Zâmbia até Setembro, mas ainda não se sabe quanto irá custar.

Com os custos de transporte, o milho estará duas ou três vezes mais caro do que o produzido localmente.

Os donos de restaurantes receiam o pior. Annie Chilanga, que tem um, diz que “com a subida do preço do milho mesmo as moageiras cobram alto e é difícil ter lucro”.

O governo do Malawi espera evitar a crise. Mas os analistas dizem que importar não é necessariamente a solução.

Rafik Hajat, do Instituto para a interacção de políticas, recorda que entre 1999 e 2000 o país teve seca e cerca de 42 mil pessoas perderam a vida porque o preço subiu em mais de 100 por cento.

Desta feita, as autoridades prometem que a fome não irá matar nenhuma pessoa. Os malawianos tanto querem que a promessa se transforme em realidade.

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