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Malásia: Continuam as operações de busca do avião desaparecido no Sábado


As autoridades estão a investigar possíveis lapsos de segurança e analistas afirmam que este incidente poderá ser catalisador para o reforço da segurança dos voos aéreos na região.

Oito países juntaram-se na busca do avião das linhas áreas da Malásia que se encontra desaparecido desde Sábado.

São três dias de buscas do Boeing 777 do voo MH370 que desapareceu dos radares quando sobrevoava o mar entre o Vietname e da Malásia no Sábado de manhã, 8.

A Direcção da Aviação Civil da Malásia anunciou que oito países estão juntos nas operações de buscas e localização do aparelho, que envolvem 40 navios e 34 aviões.

Foram reportados durante Sábado e Domingo a presença de vários objectos suspeitos que levam a crer que sejam uma janela ou porta de avião, mas o director da aviação civil da Malásia, Azharuddin Abdul Rahman, disse hoje, 10 que nada foi ainda verificado.

“Infelizmente, senhoras e senhores, nós não temos nada que pareça ser objectos pertencentes ao avião. Vamos continuar a intensificar os esforços para localizar o avião desaparecido.”

Azharuddin disse que alguns vestígios de óleo a superfície do mar estão a ser analisados para ver são provenientes do avião, mas que o aparelho até então contínua sem ser localizado.

O avião transportava 239 pessoas, na sua maioria chineses. O governo da China enviou quatro fragatas para apoiar nas missões de busca. Da parte dos Estados Unidos, o destroyer USS Pinckney já se encontra na área desde Domingo, e um outro navio, vai caminho, disse um porta-voz da frota americana na região.

O pouco que se sabe sobre o desaparecimento do avião da Malásia Airlines e as autoridades malaicas já deram conta da sua frustração em relação aos rumores que têm vindo a ser difundidos desde o incidente.

As atenções dos investigadores estão no entanto viradas para as identidades de dois passageiros que viajavam com passaportes roubados. Ainda de acordo com as autoridades da Malásia, cinco outras pessoas tinham feito o check-in mas não viajaram, e todas as bagagens desses indivíduos tinham sido retiradas do aparelho.

O registo de passageiros suspeitos tem por isso conduzido a especulações em larga escala e sobre os problemas de segurança da indústria aérea na região.

Rohan Gunaratna, um especialista em terrorismo em Singapura diz ser demasiado cedo para afirmar com precisão o que terá levado a queda do avião, e o facto de passageiros terem podido viajar com passaportes roubados é uma falha de segurança.

No rescaldo dos ataques terroristas de 2011 nos Estados Unidos, a Interpol criou uma base de dados para notificar os governos no mundo sobre os passaportes perdidos ou roubados. Gunaratna afirma que uma ferramenta desta é importante para o uso dos governos.

“Se eles não usam a base de dados e se os governos não fornecem ou recolhem informações da base de dados isto significa que não estão a fazer de melhor forma o serviço de segurança daqueles que viajam.”

A Interpol já confirmou que os dois passaportes usados foram roubados e adiantou que está a investigar os casos de outros passaportes usados em voos aéreos.

As ameaças terroristas na Ásia têm sido consideradas baixas, comparando aos níveis da Europa e dos Estados Unidos. Mas o especialista em terrorismo de Singapura, adianta que o desaparecimento do avião de Malásia com destino a China poderá mudar a postura da segurança das companhias aéreas na região.

Contudo, continua sem haver certeza sobre que tipos de lapsos de segurança permitiram os passageiros usando passaportes falsos viajar a bordo do avião.

Algumas pessoas especulam, no entanto, que os passaportes roubados podem estar na base de um acto terrorista, enquanto outras afirmam que esses passageiros podem ser simples imigrantes ilegais ou indivíduos envolvidos em actividades criminosas e sem ligações directas com o desaparecimento do avião.
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