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Mais internet segura para as crianças, apela o UNICEF


Estudantes aprendem a usar computadores portáteis, Camarões.
Estudantes aprendem a usar computadores portáteis, Camarões.

...para evitar abusos, exploração, tráfico, assédio virtual e a exposição a materiais inapropriados.

Um em cada três utilizadores da internet é uma criança, mas muito pouco é feito para proteger os mais novos dos perigos do mundo digital, diz o Unicef, no seu relatório anual.

Mais internet segura para as crianças, apela o UNICEF
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O relatório recomenda o aumento de conteúdos seguros na internet para, entre outros, evitar abusos, exploração, tráfico, assédio virtual e a exposição a materiais inapropriados.

Neste aspecto, o relatório sublinha que a omnipresença de aparelhos móveis tornou o acesso online menos supervisionado para muitas crianças – e potencialmente mais perigoso.

No relatório - “A Situação Mundial de Infância 2017: A Criança no mundo digital” – o Unicef argumenta que os governos e o sector privado não acompanharam o ritmo desta mudança, expondo as crianças a novos riscos e perigos e deixando para trás milhões de outras desfavorecidas.

O documento destaca a utilidade da internet para o aumento do acesso à informação, desenvolvimento de habilidades digitais, e a oferta de uma plataforma para se conectarem e comunicarem os seus pontos de vista.

Pouco acesso em África

Por outro lado, o relatório mostra que cerca de um terço dos jovens no mundo – 346 milhões – não estão online, agravando as desigualdades e reduzindo as capacidades das crianças de participar numa economia digital em crescimento.

Destaca-se que que os jovens africanos são os menos ligados à rede, com cerca de três em cada cinco jovens offline, comparativamente a um em cada 25 na Europa.

Outra nota de realce do relatório é que aproximadamente 56 por cento de todos os websites estão em língua inglesa e muitas crianças não conseguem encontrar conteúdos que compreendam ou que sejam culturalmente relevantes.

Para o director-executivo da Unicef, Anthony Lake, "as políticas, práticas e produtos digitais deveriam reflectir melhor as necessidades, perspectivas e vozes das crianças

E quanto aos riscos, diz Lake, é preciso "mitigar (…) e simultaneamente maximizar os benefícios da internet", uma vez que quer "para o melhor e para o pior, a tecnologia digital é um facto irreversível" no dia-a-dia das crianças.

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