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Analistas dizem que regresso de Lula da Silva pode agravar crise económica


Lula da Silva
Lula da Silva

Lula da Silva ainda não deu o "sim".

A mais que provável nomeação do antigo Presidente brasileiro para um cargo ministerial pode agravar ainda mais a crise no Brasil, sobretudo na área económica.

A opinião é de muitos analistas brasileiros.

Lula da Silva deve decidir ainda nesta quarta-feira, 16, se assume ou não uma pasta ministerial, o que, a acontecer fará dele um superministro com a missão de tentar solucionar a crise instalada no país.

De volta ao Governo, o líder petista vai ganhar foro privilegiado e não mais vai ser investigado na primeira instância da justiça brasileira pelo juiz federal Sérgio Moro, mas sim pelos ministros que compõem o Supremo Tribunal Federal.

Especialistas temem que com o regresso de Lula da Silva ao Governo a economia pode piorar, pois o ajuste fiscal deve ser esquecido e os gastos públicos podem aumentar, de acordo com o director da Associação dos Executivos de Finanças, Andrew Stoffell, à Rádio CBN.

“Piora porque na realidade é alguém que vai no sentido contrário. O que o Lula e o PT estão propondo é vamos medicar o doente que está em estado gravíssimo. Ele vai se sentir um pouco melhor, mas depois vai ficar muito pior do que se recebesse tratamento adequado. Pelo menos vai livrar a pele do Governo neste dois próximos anos”, analisa Stoffell.

O economista Mansueto Almeida também acredita que o Brasil pode ter uma melhoria momentânea com o retorno de Lula ao Governo, mas o Brasil pode pagar caro nos próximos anos.

“Se o Banco Central se dar ao luxo de abrir mão de suas reservas, à medida que a gente avança no ajuste fiscal e isso não está acontecendo e o uso de reserva para infraestrutura isso é maluquice, não pode. O Banco Central não pode financiar o tesouro nacional, isso é proibido por lei. Se acontecer isso vai piorar muito a situação do país”, concluiu o especialista.

Na reunião de ontem, 15, que prolongou-se pela noite toda, Lula da Silva e Dilma Rousseff conversaram sobre os rumos do Governo e quais medidas devem ser tomadas para estancar a crise.

O ex-Presidente não pretendia apresentar um pacote de mudanças de ministros, tirando, por exemplo, Nélson Barbosa da Fazenda.

No entanto, ele avalia como fundamental suspender a reforma da Previdência, anunciar medidas económicas paralelas ao ajuste fiscal e promover assim uma “retomada do ânimo nacional”.

Só a expectativa em torno da decisão de Lula aceitar ser ministro já melhorou o ambiente no Palácio do Planalto.

Fontes oficiais indicaram que a Presidente faz questão que Lula da Silva ocupe um gabinete no Palácio do Planalto perto dela.

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