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Lubango busca alternativas para as "zungueiras"


Zungeiras - foto de arquivo
Zungeiras - foto de arquivo

A Administração Municipal do Lubango acaba de anunciar o fim da corrida contra as vendedoras ambulantes vulgarmente conhecidas por zungueiras, por concluir tratar-se de uma prática que não ajuda o combate à pobreza, para além de ser insustentável.

Numa comunicação feita recentemente no Lubango, o administrador municipal, Armando Vieira, admitiu ter ocorrido uma diminuição do fenómeno como consequência das medidas implementadas nos últimos anos e intensificada com a “Operação Resgate” lançada em 2018.

Mas Vieira disse que é preciso encontrar alternativas aventando a ideia de feiras mensais ou quinzenais.

Na mesa segundo o gestor do município sede da província da Huíla, estão alternativas para acudir o número de zungueiras que ainda pululam pelas artérias da cidade.

“Organizar as vendedoras definindo alguns locais na cidade, construindo pequenos quiosques para facilitar a venda, enfim, há várias ideias que nós temos para este ano de 2020 em relação às nossas vendedoras ambulantes”, disse

Para o activista, Manuel Andrade, a imagem do governo que se vem desgastando perante a população face as dificuldades económicas e sociais, faz com que em desespero se anunciem medidas do género.

“A imagem do governo angolano nos últimos tempos está completamente gasta e nesta altura está a tentar fazer com que as pessoas acreditem em si porque estamos a enfrentar muitas dificuldades principalmente económicas”, disse.

“Eles estão a ver que a população está a perder credibilidade no governo angolano então é importante começar a usar meios para fazer com que as pessoas novamente acreditem nesse governo e uma das formas é esta porque a luta contra as mulheres zungueiras é antiga”, acrescentou.

Na visão da UNITA, este recuo da Administração Municipal do Lubango, só encontra explicações no facto de estarmos no ano em que estão previstas a realização das eleições autárquicas, sendo por isso, uma medida meramente eleitoralista.

“Já vínhamos chamando atenção de que as medidas que estavam a adoptar não eram as mais correctas mas fizeram-se de surdos não quiseram ouvir a opinião da outra parte e em resultado disto muitas pessoas correram riscos por causa actuação dos fiscais”, disse.

“Nós sabemos que quando chegamos numa altura como esta, de verdadeiro combate político que é verificado nas urnas, a tendência é de cada um mobilizar o voto”, acrescentou.

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