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Inglaterra – Jatos de Agua para Parar Distúrbios


A loja Starbucks em Clapham (Londres) foi alvo de pilhagens
A loja Starbucks em Clapham (Londres) foi alvo de pilhagens

Cameron afirma a Grã-Bretanha não deixará que a “cultura do medo” tome conta do país

O primeiro-ministro britânico David Cameron autorizou a polícia a usar canhões de água após quatro noites de violentos distúrbios, pilhagens e fogo posto em várias cidades inglesas.

Cameron acrescentou que a Grã-Bretanha não deixará que a “cultura do medo” tome conta do país, prometendo castigar os responsáveis pela violência que deixou zonas de Londres parecidas com zonas de guerra. Prometeu também que a polícia terá todos os recursos necessários para por cobro à instabilidade, para além de já ter sido autorizada a usar cacetetes de plástico.

O primeiro-ministro falava após a segunda reunião de emergência da comissão de segurança. Amanhã discursará no Parlamento.

Esta quarta-feira, a situação em Londres estava basicamente calma. Dezasseis mil polícias patrulhavam as ruas pejadas de vidros, carros incinerados e destroços de edifícios incendiados. Mas fora de Londres era outro o cenário – incluindo em Manchester e Birmingham, onde centenas de jovens em correria desenfreada partiam vidros, pilhavam lojas e queimavam edifícios. A polícia de Birmingham iniciou um inquérito à morte de três indivíduos quando tentavam defender as suas lojas das pilhagens. A polícia deteve um suspeito.

Desde o inicio dos distúrbios já foram presas, por todo o país, mais de mil e 100 pessoas – 800 das quais em Londres.

Os distúrbios começaram na sequência da morte de um indivíduo de 29 anos de idade, em Tottenham, uma zona economicamente pobre. Continua a não ser claro o que levou a polícia a disparar sobre o jovem. Em Tottenham vivem largas comunidades étnicas e a zona tem um historial de tensões raciais.

Muitos residentes londrinos afirmam que os distúrbios foram provocados pela frustração com a situação económica na zona norte de Londres, incluindo elevada taxa de desemprego e cortes nos serviços públicos.

A violência leva muitos a perguntar se Londres está preparada para acolher os Jogos Olímpicos de 2012.

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