Trata-se da maior operação militar americana em África desde a retiradas das forças que se encontravam na Somália em 1993.
O oficial Holsinger é um dos militares encarregados da construção de um hospital de campanha com 25 camas destinadas a agentes sanitários que foram infectados com o vírus.
Ele explicou à reportagem da VOA quais os principais problemas com que a operação se depara: “A nossa principal preocupação nesta zona é a drenagem do terreno. Se tivermos água a mais isso pode causar problemas envolvendo insectos ou cobras.”
Para além do destacamento destes soldados na Libéria , o Presidente Barack Obama destinou 175 milhões de dólares para a luta contra o Ébola e anunciou a construção de 17 novas clínicas na região com cem camas cada uma para além do treino de 500 agentes sanitários por semana.
A falta de informação adequada acerca do vírus levou ao seu rápido alastramento na Libéria, Serra Leoa e Guiné-Conacri. A guerra da informação permanece problemática dada a suspeição e a falta de educação das populações.
Em meados de Setembro um grupo de agentes sanitários e jornalistas foi atacado e chacinado por aldeãos enraivecidos. Apesar disso as tropas americanas estão convencidas de que a missão terá sucesso.
O coronel Brad Johnson está encarregado da ponte aérea necessária para transportar para a Libéria os abastecimentos necessários.
Johnson afirma que a Libéria e a América estão ligadas não apenas por uma longa amizade e história comum como pela língua inglesa o que facilita bastante as coisas.
“Temos um óptimo relacionamento com o gerente do aeroporto local. À medida que vamos trabalhando vamos ultrapassando os desafios”, disse.
A epidemia de Ébola já matou desde o início do ano mais de 2800 pessoas infectando pelo menos outras 5.600, e de acordo com a Organização Mundial de Saúde o número de pessoas infectadas pelo vírus poderá aumentar a um ritmo explosivo excedendo 20 mil pessoas em Novembro se não forem rapidamente tomadas medidas para controlar o surto.