O primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, anunciou, no sábado, o compromisso de angariação de cerca de três mil milhões de dólares para financiar a educação de raparigas e mulheres vulneráveis em todo o mundo.
O Canadá contribuirá com 300 milhões de dólares para a campanha. Alemanha, Japão, Grã-Bretanha e Banco Mundial abraçam a campanha.
Trudeau fez o anúncio no último dia da cimeira do G-7, realizada em Quebec.
Grupos de mulheres que se reuniram com Trudeau à margem da cimeira receberam a notícia com agrado, em particular por as promessas excederem as expectativas dos que trabalham na área.
"Isso dá às mulheres jovens em países em desenvolvimento a oportunidade de seguir carreiras ao invés de casar cedo e trabalho infantil", disse Malala Yousafzai, vencedora do Prémio Nobel, que foi baleada na cabeça, no Paquistão, por causa da sua campanha em prol da educação de raparigas.
Yousafzai, actualmente estudante da Universidade de Oxford, disse que as promessas dão "a todos nós a chance de criar um mundo mais seguro, saudável e mais rico".
De acordo com uma declaração do governo, os fundos serão usados para todas as raparigas e mulheres, incluindo refugiadas, com as habilidades necessárias para os empregos do futuro.
David Morley, presidente do UNICEF Canadá, disse que esta organização "acredita que o direito à educação é tão fundamental quanto o direito à alimentação ou abrigo, e oferece às meninas as habilidades necessárias para quebrar o ciclo de crise e pobreza".