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Justiça cubana condena autor de rap usado nas manifestações a um ano de prisão


Agentes à paisana detêm um manifestante em Havana, 11 de Julho de 2021
Agentes à paisana detêm um manifestante em Havana, 11 de Julho de 2021

A justiça já julgou 59 pessoas mas o número de detidos pode chegar a 600, segundo activistas

Cerca de 60 cubanos foram levados à justiça até agora por participarem nas manifestações gigantescas de 11 Julho a pedir por melhores condições de vida e liberdade.

Anyelo Troya, um dos criadores do rap adoptado pelos manifestantes, foi condenado a um ano de prisão na quarta-feira, 21, por "desordem pública", segundo a família.

“Até ontem, 19 processos judiciais chegaram às varas municipais do país, casos envolvendo 59 pessoas acusadas de cometer supostos crimes (durante) esses distúrbios”, disse Ruben Remigio Ferro, presidente do Supremo Tribunal Federal, aos jornalistas no sábado.

Ele acrescentou que são acusações menores, sem dar detalhes, nem revelar o número de pessoas detidos que, segundo observadores e activistas independentes, podem chegar a 600.

No passado dia 11, milhares de cubanos saíram às ruas a a gritar "Liberdade", "Abaixo a ditadura" e "Estamos com fome" nos maiores protestos desde a revolução que levou Fidel Castro ao poder em 1959.

Centenas de pessoas foram presas e muitas enfrentam acusações de desacato, desordem pública, vandalismo e propagação da epidemia do coronavírus por supostamente marcharem sem máscaras.

As manifestações ocorreram no momento em que o país enfrenta a sua pior crise económica dos últimos 30 anos, com escassez crónica de electricidade, alimentos e medicamentos no meio a um aumento nos casos de Covid-19.

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