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Julgamento dos activistas angolanos suspenso até 25 de Janeiro


Januário Domingos José
Januário Domingos José

Dezenas de declarantes, muitos deles agentes do Estado, não compareceram.

O julgamento dos 17 activistas angolanos acusados de prepararem uma rebelião e um golpe de Estado foi suspenso nesta terça-feira devido à ausência de cerca de cinco dezenas de declarantes.

Entre os declarantes estão vários agentes do Estado.

Ontem, no reinício do julgamento interrompido a 18 de Dezembro, foram ouvidos os padres Pio Wacussangue e Congo sobre o pretenso Governo de Salvação Nacional usado como acusação pelo Ministério Público.

O juiz Januário Domingos José tinha apresentado uma programação para ouvir mais de 50 declarantes até o dia 14.

Entre outros, estão o chefe do Serviço de Inteligência e Segurança Militar das Forças Armadas Angolanas António José Maria e dois tenentes coronéis das FAA, Agatão Dongala Camate e Domingos Francisco.

Enquanto José Maria é apontado como sendo o “autor” da incriminação dos activistas, os dois últimos são acusados de terem gravado os vídeos que estão a ser usados pelo Ministério Público como prova contra os 17 arguidos.

Ontem, o juiz José decidiu que o tenente da Força Aérea Angolana Osvaldo Caholo, um dos 17 réus em julgamento, vai responder também em tribunal militar pelos crimes de extravio de documentos militares e divulgação de segredo militar.

Os referidos processos foram movidos pelo Serviço de Inteligência e Segurança Militar por terem sido encontrados no computador de Osvaldo Caholo documentos de carácter militar.

Os 17 activistas, dos quais 15 estão em prisão domiciliária, são acusados dos crimes de rebelião e actos preparatórios de golpe de Estado.

O julgamento será retomado a 25 de Janeiro.

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