Começou nesta segunda-feira no Tribunal Provincial do Huambo o julgamento de José Julino Kalupeteca e de mais 10 fiéis da seita por ele liderada, A Luz do Mundo.
Apesar da sala pequena, alguns familiares dos acusados puderam assistir, mas vários elementos do auto-denominado Movimento Revolucionário Angola foram impedidos de o fazer.
Na audiência de hoje, o Ministério Público apresentou a acusação contra Kalupeteca de nove crimes de homicídio qualificado, resistência e danos durante os confrontos de Abril de 2015 no Monte Sumi, no Huambo.
O advogado de defesa David Mendes voltou a pedir a reconstituição do crime no local, tendo o juiz Afonso Pinto dito que não impede que a mesma seja feita durante o julgamento.
Durante os confrontos de 16 de Abril de 2015 no Monte Sumi, oito policias e cerca de 13 civis foram mortos.
A oposição e organizações de direitos humanos falam em centenas de mortos e a ONU pediu uma investigação independente, que foi negada pelo Governo de Angoala.