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Jornalista angolano ameaçado de morte


Foto de Arquivo
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Queiroz Anastácio Chiluvia recebeu telefonemas anónimas depois de entrevista a líder político e religioso.

O jornalista da rádio Despertar Comercial Queiroz Anastácio Chiluvia denuncia ter sido ameaçado de morte devido à divulgação de uma entrevista ao actual secretário provincial da Juventude e Desportos do Cuando Cubango Antunes Huambo, que é igualmente líder das Igrejas de Coligação Crista em Angola(ICCA).

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A entrevista ao reverendo Antunes Huambo durou 57 minutos e foi para o ar na sexta-Feira, 15, no espaço Hora das Perguntas da rádio Despertar Comercial.

De seguida, Queiroz Chiluvia disse que começaram a chover chamadas telefónicas anónimas com ameaças à vida do director de informação da rádio próxima à Unita.

"Fui recebendo chamadas de pessoas anónimas com ameaças por causa da entrevista emitida, outras pessoas conhecidas vieram ter comigo a dizer-me que esta entrevista podia me custar caro", conta Chiluvia, que afirma não saber de concreto o que é de tão grave Antunes Huambo terá dito, mas pelo tom das ameaças resolveu apresentar uma participação a policia.

O próprio reverendo Antunes Huambo também ligou ao jornalista a pedir que não voltasse a passar a entrevista.

Em conversa com a VOA, Antunes Huambo disse desconhecer qualquer conflito com a rádio Despertar já que nunca teve nenhum problema.

Na entrevista, além de outras declarações, o também líder das Igrejas de Coligação Crista em Angola disse o seguinte: "Mais de 800 igrejas não reconhecidas que se constituíram numa única igreja, a ICCA, entenderam a mensagem do camarada Huambo, de que nós enquanto religiosos não temos nada a ver com a Unita, Casa-CE porque quem se junta a fracos será fracassado, aqui na ICCA nenhum pastor ou reverendo é da Unita, da Casa-CE ou da FNLA proque todos nós temos cartão de militante do MPLA, o mais forte, porque enquanto o MPLA for o partido do governo nós seremos agentes de mobilização a todos os lideres religiosos, para colaborar com o partido que sustenta o Governo".

A VOA tentou falar com algum responsável do MPLA, mas até ao fecho desta matéria ninguém esteve disponível.

Entretanto, o Sindicato dos Jornalistas Angolanos vai começar uma investigação para identificar os responsáveis das ameaças anónimas e que colocam em risco a vida do jornalista e, uma vez mais, a liberdade de imprensa em Angola, como confirmou à VOA a secretária executiva Luísa Rogeiro

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