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João de Matos foi a enterrar


João Lourenço, primeiro a render a última homenagem
João Lourenço, primeiro a render a última homenagem

Destacada a figura de militar bem formado e disciplinado e ambientalista convicto

Os restos mortais do general João de Matos, primeiro Chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas Angolanas chegados ontem à noite ao país, provenientes de em Madrid, na Espanha, foram hoje a enterrar nesta terça-feira, 7, com honras militares, no Cemitério Alto das Cruzes, em Luanda.

O general angolano faleceu no sábado, 4, por doença, no Centro de Oncologia do Hospital da Fundação Jimenez Diaz, na capital espanhola.

O Presidente da República João Lourenço foi a primeira entidade oficial a render a última homenagem ao general falecido, no Comando do Exército, a que seguiram outras homenagens de representantes dos órgãos de soberania nacional .

Um dos mais prestigiados generais angolanos no país e no exterior, o general do Exercito João Baptista de Matos, foi o primeiro Chefe de Estado-Maior general das Forças Armadas Angolas, de 1992 a 2001.

O general Camalata Numa, co-signatário, em 1992, do texto constitutivo das Forças Armadas Angolana (FAA) em representação das forças militares da UNITA, disse que João de Matos era um militar disciplinado e bem formado profissionalmente.

Durante o funeral, a figura de João de Matos foi ainda enaltecida por outras figuras militares e civis, com destaque para o presidente da Assembleia Nacional, Fernando da Piedade Dias dos Santos.

Por seu turno, o Ministério do Ambiente considerou João de Matos como um “ambientalista activo, cuja iniciativa marcou uma fase importante na preservação da biodiversidade angolana”.

Numa mensagem de condolências assinada pela titular da pasta, Paula Francisco, o Ministério do Ambiente, enalteceu facto de o general João de Matos ter sido fundador e alto dirigente da Fundação Kissama, uma instituição que teve um papel determinante na recuperação do Parque Nacional com o mesmo nome e no seu repovoamento animal que iniciou com a operação “Arca de Noé”, que consistia em transportar animais da África do Sul, do Botswana e da Namíbia.

A nota a crescenta que sob a sua direcção na chefia do Estado Maior das Forças Armadas Angolanas (FAA), os militares passaram a dar uma grande contribuição para a fiscalização dos parques nacionais e contribuição logística de equipamentos para os fiscais de parques, bem como a formação dos próprios fiscais.

O general angolano teve o mérito e reconhecimento nacional e internacional como partícipe da redescoberta e povoamento do símbolo natural nacional, a Palanca Negra Gigante, conclui a nota do Ministério do Ambiente.

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