Links de Acesso

Jean-Claude Bastos de Morais demarca-se do caso 500 milhões de dólares


Sócio de José Filomeno dos Santos diz desconhecer porque é que contas dos seus fundos de investimento foram congeladas nas Maurícias.

O empresário suíço-angolano Jean-Claude Bastos de Morais, apontado como sócio do antigo presidente do Fundo Soberano de Angola (FSDEA), negou estar envolvido em qualquer acto ilegal.

Bastos de Morais negou estar envolvido no caso da transferência de 500 milhões de dólares de Angola para um banco na Inglaterra e disse não saber poruqe é que as suas cotnas foram congeladas nas Mauricias.

Na transferência está envolvido José Filomeno dos Santos, filho do antigo Presidente da República.

"Gostaria de afirmar categoricamente que nem eu, nem o Grupo Quantum Global, empresa que dirijo como PCA, fizemos parte da transação de 500 milhões de dólares, atualmente sob investigação das autoridades angolanas", escreve Bastos de Morais numa nota enviada às redacções nesta quinta-feira, 12.

Ele reitera que não teve conhecimento prévio desta transação antes de ser divulgada nos meios de comunicação social e posteriormente confirmada pelo Ministério das Finanças de Angola, e reitera que não foi ouvido pela PGR.

“Além disso, em nenhuma ocasião fui interrogado pelas autoridades angolanas ou por qualquer órgão regulador, em torno da referida transação", concluiu na nota de dois parágrafos.

A sua organização também pediu hoje que as autoridades das Maurícias expliquem porque suspenderam as suas licenças de operação e o congelamento de muitas das suas contas bancárias.

Quantum Global diz desconcher porque foram congeladas as suas contas nas Maurícias - 1:22
please wait

No media source currently available

0:00 0:01:22 0:00

As Maurícias suspenderam 58 contas bancarias e sete licenças de operação de fundos da Quantum Global no que tudo indica ser uma investigação às actividades desses fundos com o Fundo Soberano de Angola.

As medidas foram tomadas após a visita ás Maurícias de entidades angolanas não identificadas e foram ordenadas por um tribunal actuando com informação fornecida pela Unidade de Investigação Financeira do país.

Numa declaração Jean Claude Bastos de Morais, fundador da Quantum Global e amigo e parceiro de negócios do antigo director do fundo angolano Filomeno dos Santos, disse ser “difícil defender-nos contra acções das autoridades quando os motivos não foram tornados claros apesar das nossas repetidas tentativa para receber informação”.

“Como resultado da falta de um processo legal e sanções precipitadas a Quantum Global teve os seus negócios gravemente danificados” afirma a declaração que acrescenta:

“Precisamos urgentemente de ter uma audiência justa para podermos limpar o nosso nome”.

Bastidores movimentam-se em torno do processo aberto a José Filomeno dos Santos

Maurícias

Jean-Claude Bastos de Morais é presidente do Conselho de Administração (PCA) do Quantum Global Group, empresa que gere 3000 milhões de dólares do FSDEA.

Nas últimas duas semanas, o Supremo Tribunal das Maurícias congelou 58 contas ligadas a Bastos de Morais, num total de 297 milhões de dólares.

A ordem foi dada a pedido da Unidade de Investigação Financeira, ou Financial Intelligence Unit,depois da visita de uma entidade oficial angolana que se encontrou com funcionários do gabinete do primeiro-ministro das Maurícias.

O representante do Governo angolano, cuja identidade não foi revelada, teria na sua posse documentos “comprometedores” sobre as actividades de Jean-Claude Bastos de Morais.

A Quantum Global emitiu um comunicado em que assegura estar a trabalhar “em estreita colaboração com as autoridades competentes” e acrescentou estar confiante na sua capacidade de se defender contra “os ataques injustificados à nossa reputação”.

Maurícias cancelam licença de companhia de Álvaro Sobrinho

A Quantum tinha anteriormente também negado qualquer envolvimento na transferência de 500 milhões de dólares para Londres em que José Filomeno dos Santos estaria envolvido.

Entretanto, na segunda-feira, 9, Ministério das Finanças de Angola disse ontem esses 500 milhões de dólares eram apenas um terço de um montante que deveria ser pago para financiar investimentos no valor 35 mil milhões de dólares num projecto intermediado pela Mais Financial Services, pertença do filho do antigo Presidente angolano.

Presidente das Maurícias demite-se em escândalo envolvendo ONG de Álvaro Sobrinho

XS
SM
MD
LG