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Costa do Marfim: Começou julgamento de militares


Vista de Abidjan
Vista de Abidjan

Em Dezembro de 2011 um grupo de soldados abriu alegadamente fogo contra manifestantes matando 5 pessoas.

Na Costa do Marfim um tribunal militar começou já a julgar 33 soldados acusados de vários crimes entre os quais assassinato.

A audiência do julgamento hoje iniciado dizia respeito ao incidente de Dezembro de 2011 no qual um grupo de soldados abriu alegadamente fogo contra manifestantes na cidade de Vavoua no centro do país.

Um representante das Nações Unidas na Costa do Marfim afirmou que cinco pessoas morreram no incidente.

O começo do julgamento verifica-se precisamente dois anos depois do antigo presidente Lurent Gbagbo ter sido preso em Abidjan pondo termo a um braço-de-ferro entre ele e o actual presidente Ouattara.

A recusa de Gbagbo em deixar o poder depois de ter perdido a segunda volta das presidenciais em Novembro de 2010 desencadeou 5 meses de violência que se saldaram pela morte de mais de 3 mil pessoas.

Desde o final da crise mais de 150 apoiantes de Gbagbo foram acusados de envolvimento na violência de acordo com a organização Human Rights Watch.
Nos últimos meses o ramo judicial marfinense tem vindo a ser atacado por não ter levado a tribunal os casos contra os militares que apoiaram Ouattara.

De facto nenhum desses militares foi acusado de envolvimento nos crimes que ocorreram durante a vaga de violência apesar de provas concludentes de violações dos direitos humanos cometidas por ambos os lados.
As actuais chefias militares são compostas por oficiais que apoiaram o antigo presidente.
De referir que todos os casos que o tribunal militar planeia julgar nas próximas semanas dizem respeito a crimes cometidos depois do termo do conflito.
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