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Israel despede-se de Sharon, combatente e político


Veterano de quatro guerras entre Israel e os vizinhos árabes, Sharon enveredou-se pela política tendo sido ministro da Defesa, primeiro-ministro e fundador do partido Kadhima.

Os israelitas prestaram hoje a sua última homenagem ao antigo primeiro-ministro Ariel Sharon através de serviços civis e militares antes do enterro nas terras da sua família no deserto de Negev.

Personalidades internacionais como o vice-presidente americano Joe Biden e o antigo primeiro-ministro inglês também estiveram presentes.

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Israelitas e didgnatários estrangeiros honraram o veterano político e comandante militar Ariel Sharon durante o serviço realizado hoje na parte exterior do parlamento.

O presidente Shimon Peres chamou-o de excepcional soldado que soube como vencer.

Peres disse "descansa grande líder, que não permitiu que ele mesmo descansasse para defender o seu povo, para defender a sua nação para fazer os campos florescer".

Por sua vez, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu lembrou que ele e Sharon tiveram vários pontos de vista diferentes, mas quando estiveram juntos no Governo eles cooperaram a favor da segurança e da economia do país.

Ele disse que "Sharon era um homem prático e pragmático, cujo pragmatismo esteve sempre repleto de sentimentos profundos para com o seu país e o povo judeu".

Veterano de quatro guerras entre Israel e os vizinhos árabes entre 1948 e 1973, Ariel Sharon enveredou-se pela política tendo sido ministro da Defesa, primeiro-ministro e fundador do partido Kadhima.

Reverenciado por uns e criticado por outros no seu país, Sharon foi sempre condenado pelos palestinianos pelas suas conhecidas duras tácticas de guerra e ofensivas que provocaram a morte de centenas de palestinianos, particularmente em 2005.

O vice-presidente americano Joe Biden, que assistiu ao funeral, disse que como todos os verdadeiros líderes, Sharon tinha uma estrela norte que o guiava.

"A sua estrela norte era a sobrevivência do Estado de Israel e do povo judeu, onde quer que residisse”, disse.

O antigo primeiro-ministro inglês Tony Blair concordou dizendo que Ariel Sharon nunca vacilou ante esse objectivo estratégico.

" O Estado, pelo qual a partir da idade de 14 anos ele lutou para garantir a existência teve que ser protegido para as futuras gerações. Quando isso significava luta, ele lutou. Quando isso significava fazer a paz, ele buscou a paz. E a mesma determinação de ferro que ele levou para o campo da guerra, ele a levou para a câmara da diplomacia", concluiu Blair.

Depois da cerimónia em Jerusalém, Ariel Sharon foi enterrado na propriedade da família no deserto do Negev, ao lado da sua segunda esposa, sob um apertado sistema de segurança.

Ariel Sharon morreu sábado no Centro Médico Sheba, em Tel Hashomer, após oito anos de coma na sequência de uma hemorragia cerebral a 4 de Janeiro de 2006.
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