As autoridades do Irão ignoraram os apelos da Grã-Bretanha e dos Estados Unidos e executaram neste sábado, 14, um cidadão britanico-iraniano que tinha sido acusado de espionagem a favor de Londres.
A agência de noticias iraniana Mizam disse que Ali Reza Akbari, que tinha sido em tempos vice-ministro da Defesa do país, foi enforcado l, mas não especificou quando é que a execução ocorreu.
O primeiro-ministro britânico Rishi Sinak afirmou que o enforcamento ” foi um acto cobarde e cruel, levado a cabo por um regime bárbaro que não respeita os direitos humanos do seu próprio povo”.
O ministro dos Negócios Estrangeiros James Cleverly disse no Twitter que “este acto bárbaro merece a condenação nos termos mais fortes”.
“Isto não vai ficar sem resposta”, acrescentou, sem contudo dar outros pormenores.
Um porta-voz do departamento de Estado americano, Vedant Patel, disse que “as acusações contra Ali Reza Akbari e a sua sentença e execução tiveram motivos políticos”.
“Estamos profundamente perturbados com as notícias de que ele foi drogado, torturado durante a sua detenção, interrogado durante milhares de horas e forçado a fazer confissões falsas”, disse Patel.
No início desta semana, o serviço persa da emissora britânica BBC transmitiu uma mensage de Akbari em que este afirmou ter sido interrogado e torturado “durante mais de 3.500 horas” e que tinha sido forçado a assinar confissões de crimes que não cometeu.
Ali Reza Akbari foi vice-ministro da Defesa entre 2000 e 2008 e depois emigrado para a Grã-Bretanha onde adquiriu a nacionalidade do país.
Foi preso em 2019 quando visitava o Irão.
O seu julgamento, em que foi acusado de estar envolvido no assassinato de um proeminente cientista nuclear iraniano, foi efectuado à porta fechada.
A organização Amnistia Irão disse que o enforcamento de Akbari foi “um ataque vergonhoso ao direito à vida”.
Fórum