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Irão elege presidente acusado de crimes contra os direitos humanos


Ebrahim Raisi
Ebrahim Raisi

Amnistia Internacional pede investigação ao assassinato de milhares de pessoas em 1988

A Aministia Internacional pediu hoje investigações ao papel do presidente eleito do Irão Ebrahim Raisi no que os Estados Unidos e esta organização dizem ter sido a execução extrajudicial de milhares de oponentes do regime em 1988.

Raisi está numa lista de personalidades iranianas alvo de sanções americanas e foi hoje declarado vencedor das eleições presidenciais de sexta-feira marcadas por uma fraca afluência às urnas e em que dezenas de possiveis candidatos foram desqualificados pelo Conselho de Guardiões, encarregue de vetar os candidatos a cargos públicos.

O outro principal candidato, o presidente do banco central tido como um reformista, Abdolnasser Hemmati admitiu a derrota numa mensagem de parabéns a Raisi.

Não foram revelados números sobre a afluência às urnas mas sondagens aprovadas pelo regime tinham anteriormente dito que apenas pouco mais de 40% iriam votar, o que a confirmar-se torna esas eleições as de menor afluência desde a Revolução Islâmica de 1979.

O jornal Washington Post disse que dados preliminares do ministério do interior citados pela agencia semi-oficial Fars, indicavam que Raisi tinha recebido quase 18 milhões de votos de um total de 28 milhões. O Irão tem cerca de 64 milhões de eleitores registados

Raisi, tido como um conservador de linha dura e aliado do líder supremo, o Ayatollah Ali Khamenei ocupava até agora a posição de dirigente do sistema judicial do país.

As acusações da Aministia Internacional

A Secretária Geral da Aministia Internacional, Agnès Callamard, disse que “as cirunstâncias” do desaparecimento de milhares de vítimasdas execuções em 1988e “o paradeiro dos seus corpos são até agora sistemáticamente escondidos pelos autoridades iranianas, no que é equivalente a crimes contra a humanidade”.

Agnes Callamard
Agnes Callamard

“Continuamos a apelar para que Ebrahim Raisi seja investigado pelo seu envolvimento no passado e crimes que decorrem actualmente ao abrigo da lei internacional, incluindo por estados que exercem juridição universal”, disse a dirigente da Aministia Internacional que fez notar um relatório de 2018 sobre essas execuções.

Callamard disse que o novo presidente iraniano deveria também ser investigado por um aumento da repressão e anos recentes contra os direitos humanos.

(VOA com Reuters)

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