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Índice de Liberdade Económica coloca Angola no grupo das economias reprimidas


The Heritage Foundation
The Heritage Foundation

Cabo Verde é o melhor país de língua portuguesa, de acordo com a Heritage Foundation, e Moçambique caiu 14 lugares em relação a 2014.

O Índice de Liberdade Económica divulgado nesta terça-feira pela Heritage Foundation e pelo The Wall Street Journal coloca Angola no grupo das economias reprimidas, na 154a. posição num total de 166 países.

Enquanto São Tomé e Príncipe subiu 16 lugares, Moçambique caiu 14 posições.

Cabo Verde, que ocupa a 57ª posição no índice que mede a liberdade económica no mundo, é o melhor país de língua portuguesa e o terceiro a nível do continente, com 66,5 pontos em 100 possíveis, mais 0,1 ponto que em 2015.

A Heritage Foundation destaca os sucessos de Cabo Verde a nível da reestruturação do Estado de Direito, que facilitaram a sua transição para um sistema económico mais aberto e flexível, e realça a forte protecção dos direitos de propriedade, ao contrário do que acontece com as outras economias da África Subsariana.

“As reformas de fundo feitas nesta pequena economia deste Estado insular reduziram a corrupção e melhoraram a qualidade do ambiente regulatório”, diz o relatório, que destaca ainda as preocupações pela gestão de gastos públicos e liberdade de trabalho num país que classifica de “multi-partidário, com democracia estável".

A Heritage Foundation escreve ainda que o “país tem poucos recursos naturais, a economia é de serviço e a maioria dos alimentos consumidos no país são importados. A maior parte da população cabo-verdiana reside fora do país. As reformas em curso visam aumentar o investimento estrangeiro e diversificar a economia”.

O arquipélago integra o grupo dos "moderadamente livres" e é ultrapassado em África apenas pelas Maurícias e Gana.

De acordo com este índice, que é elaborado anualmente pela Heritage Foundation e pelo The Wall Street Journal, São Tomé e Príncipe passou a ocupar o 120º lugar, subindo 16 posições em relação a 2014.

O arquipélago mantém-se no grupo dos maioritariamente não livres, como Moçambique que caiu 14 lugares e ocupa agora a 139a. posição,

A fundação norte-americana indica que Moçambique só registou melhorias em dois dos 10 indicadores utilizados para o cálculo do índice, e que, apesar do "crescimento de cerca de 7 por cento ao ano nos últimos cinco anos, impulsionado por projectos de grande escala de investimento estrangeiro e relativa estabilidade macroeconómica", esta expansão "não se traduziu em redução de pobreza".

A Guiné-Bissau manteve-se no 145º lugar, acima de Angola, que apesar de ter subido duas posições em relação a 2015, coloca-se em 156º no Índice da Liberdade Económica, já na categoria das economias "reprimidas".

Quanto aos demais países de língua portuguesa, Portugal surge na posição 64 e Brasil no 120o. lugar.

Hong Kong lidera o índice de 166 países, seguido por Singapura, com 87,8 pontos, e Nova Zelândia, com 81,6 pontos.

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