Um controverso guru indiano foi, hoje, 28, sentenciado a dez anos de prisão por estupro. Trata-se de Gurmeet Ram Rahim Singh.
Antes da leitura da sentença, milhares de seguidores deixaram a sua sede em Sirsa, no norte da Índia, terminando uma confrontação tensa com militares.
Os seguidores de Gurmeet Ram Rahim Singh, que diz ser santo e lidera a seita Dera Sacha Sauda, responderam a um apelo das autoridades para se dispersarem, depois protestos violentos, que deixaram, pelo menos, 36 pessoas mortas e 300 feridos, incluindo jornalistas e polícias.
Os tumultos iniciaram, semana passada, após um tribunal na cidade de Panchkula ter terminado o julgamento de Singh, por ter violado duas das suas seguidoras.
Os restantes seguidores dizem que a acusação não faz sentido.
Na Índia, muitos gurus populares, que afirmam ter poderes místicos, têm sido associados à escândalos e controvérsias.
Guru, termo com origem no sânscrito significa "professor", e na religião hindu é usado para designar um guia espiritual.
Em 2015, Singh foi acusado de encorajar a castração de 400 seguidores para que pudessem se aproximar de Deus.
Singh foi igualmente julgado por conspiração para assassinar um jornalista em 2002.
Mas os seus seguidores defendem-no com firmeza e dizem que é o “último humanista”.